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No mundo ficiticio de Gor muitas historias se desenrolam, essa é apenas uma, nos links de blogs ha historias de outros que tem seus caminhos cruzados e costurados pela agulha do destino, suas vidas contadas nas trilhas desse mundo brutal.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

A Assembléia do Norte





A impressão que tenho é que  Hella abriu as portas de seu reino e soprou o vento gelado da discórdia sobre nós. Draco me perguntou por Honey, uma escrava que ele havia adquirido em Lydius em umas de suas viagens.  Ele tinha pago uma pequena fortuna pela Bond para que seus homens pudessem degustar do gosto doce da menina. A questão é que não me agradava da Bond, e menos ainda dela sempre se insinuando a Draco daquela forma. Teve a ousadia de pular para o colo dele em minha presença, durante uma de nossas refeições no long hall.  A Bond nada significava, pelo menos eram palavras deles e se nada significava porque não vende-la quando a ocasião surgiu? Não iria ter outra Aleera entalada na minha garganta disputando os olhares dele. Quintus o mercador , foi a ele que vendi a bondmaid e sinceramente, não me interessa para onde ele a mandou. Mas Draco não se agradou, disse-me que eu não tinha o direito de dispor de seus trofeis. Oras, ela não era um troféu, era uma Bond que servia na taverna e que segundo ele nada significava. Então porque? Por qual cargas d’agua ele se iritou tanto? A ponto de me ignorar, de me relegar a condição infeliz de ser somente a companheira e não sua preferida, de dizer que nossa relação nada mais seria do que um mero contrato de companheirismo, e que ele me teria apenas como alguém que ocupa a cadeira ao  seu lado e que é mãe de seus filhos.

Tem a ideia do que foi ouvir isso da boca dele? Cai ao chão, de joelhos dobrados implorando para que ele não fizesse isso comigo. Só recebi dele o olhar frio como aço. As paredes do quarto foram levantadas dividindo os aposentos, sequer dormiria comigo, sequer aceitaria que eu como lady cuidasse dele, aquilo agora seria relegado as escravas. Sempre tive prazer em servi-lo, em cuidar pessoalmente de cada coisa que dissesse respeito a ele. Não o fazia por obrigação, minha condição de companheira me eximia disso, o fazia por amor e devoção. O mesmo amor que me rouba energia e vida, que me faz sangrar e perder-me em dor cada vez que ele é ferido , apenas para ter a certeza que o terei de volta são e salvo.  O servi incondicionalmente, dei-lhe filhos, dei-lhe meu corpo, minha alma, cuidei de sua casa, de seus negócios, honrei seu nome e sangrei por sua vida e agora ele faz isso e porque? Porque vendi uma de suas bonds.  Sei que estou cheia de magoas e de  um medo terrível de que ele não me ame mais , tento concertar as coisas, mas não consigo mais olhar para ele sem uma rusga de rancor.  Aceitei. Não tinha escolha, é ele o senhor dessa casa, eu sou apenas uma mulher e  sei que se ele bem quisesse se quer me permitiria continuar naquela casa. Chega a ser hilário, no fim ter que admitir que ele ainda foi generoso.

Os Jarls e seus homens ainda continuam acampados em nossas terras. A vitoria dos Torvaldslanders, a unificação do norte trazia agora suas consequências. Os navios não subiam. Os portos de Tsiq- jula, Lydius e Kassau não recebiam mais tantas das mercadorias que vinham do sul e que eram imprencidivieis para nossa subsistência.  Durante a guerra , vi o fluxo de barcos mercantis diminuir, mas nada mais natural, estávamos em guerra, os produtos tinham seus preços elevados, mas os riscos de levar a mercadoria para uma área de conflito também subiam A guerra tinha acabado, ou pelo menos era o que parecia e o Jarls agora se preocupavam em ter a madeira para consertar seus navios, os grãos para alimentar suas vilas,e o aço para garantir suas fronteiras, afinal, não foi somente uma temporada de pilhagens e sim de guerra e a guerras sempre são muito caras.

Todo o norte fechado, imaginei quantos inimigos mais em toda Gor , agora compiravam contra Draco.  Foi Tobyr que trouxe as noticias que deram a solução para os nortenhos. Tyros fortalecia uma aliança entre as suas duas cidades, provavelmente com intuito de atacar Cos, ou de se unir a ela e derrubar Port kar. Era ali naquele  triangulo caótico de piratas e regido pelas leis mercantis que os barcos paravam. Cos, era inimiga de Ar, Port kar  e da própria Tyros seu vizinho.  Tyros aliado de qualquer um que lutasse contra Cos , mas pactuava do ódio eterno por Port Kar e por vezes se unia a Tyros em ataques a Joia do Thassa. Port kar por sua vez dominava a costa e todo o delta do vosk, mas apesar dos conflitos, era para aqueles portos que os navios revertiam e dali subiam carregados para o norte. Agora isso não acontecia.  A aliança entre as cidade de Tyros seria feita atravez do contrato de companherismo entre a filha de Darum de Kasra com Marlus de Telleniun , primo do próprio Ubar Shembar de Tyros. Foi ali que Draco viu a possibilidade de resolver os problemas que os Torvalds agoram tinham.

Numa assembleia como aquela , apenas os jarls e seus comandantes faziam parte, as bonds eram as únicas que entravam e saiam com total liberdade do salão, servindo o mead e a carne. Mesmo eu, a High Jarl Woman não seria bem vinda ali. Mas da servery eu escutava tudo enquanto coordenava o servir daqueles homens poderosos. Ouvi quando Draco disse que roubariam a noiva, moeda dessa aliança, haviam duas possibilidades: a primeira seria negociar a menina com Cos em troca dos portos livres e conquistar Tyros, a segunda e mais interessante, seria Cos levar a culpa do sequestro e enquanto eles fizessem a guerra, Draco tomaria aliança com Port kar e conquistariam Cos e Tyros para dividi-las depois.  Fosse o que fosse, a decisão de içarem as velas novamente estava tomada. Restava formular o plano para a captura da garota.  Eu entendia a necessidade de liberar os portos, mas ele partir novamente, com o se'var as portas não me agradava. Ele poderia se demorar mais do que previsto e os caminhos poderiam se fechar.  O inverno era a unica epoca do ano que eu o tinha comigo, não estava disposta a abrir mão disso também.

                                                   
                                                        Lady Kalandra de Draco de Tsi-Jula
                                                                    High Jar Woman