Bem vindo

No mundo ficiticio de Gor muitas historias se desenrolam, essa é apenas uma, nos links de blogs ha historias de outros que tem seus caminhos cruzados e costurados pela agulha do destino, suas vidas contadas nas trilhas desse mundo brutal.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Tahari


Enfim Kasra. Luas e luas de viagem passadas sob a agonia e ansiedade. Ouvi quando os homens gritaram avisando que o porto era avistado. kasra se extendia banhada pelo poente debruçada sobre o rio e o  atracadouro de onde os navios partiam  carregados de sal  ou chegavam com mercadorias de todos os cantos de Gor. Draco estava em pé na proa com Locke ao seu lado. Velas do norte não são comuns naquelas bandas e tão poucos gigantes como aqueles que vinhan nos barcos carregando machados e trazendo a furia de Odim nos olhos. Os escudos brancos foram dispostos nos dracares para avisar que vinhamos em paz, mas a tensão podia ser sentida em cada olhar curioso que era lançando a nossa frota. Havia o silencio formado enquanto os navios jogavam as cordas, o cheiro de sal e peixe que vinha das docas. É em Kasra que o sal vindo das  minas de Klima é vendido , territorio neutro num pais movido pela guerra entre os Aretai e Kassar. Ali o sal reina supremo e ele tem  o seu proprio Ubar. Desde menina que escuto historia daquelas terras. Onde os espiritos do sol reinam, onde o vento traz tempestades que cortam a pele e a agua é o bem maior. Um lugar para fortes que eram  recompensados por sabores e aromas que so o deserto pode dar. E eu os senti quando desembarquei, o vento quente e sempre constante , trazia dos mercados o cheiro da frutas que so se encontra por la,  das especiarias que se misturavam ao cheiro de peixe do porto. O negro dos haiks das mulheres  pontilhavam as ruas estreitas entre as tendas, as vozes dos mercadores  disputando espaço para oferecer suas mercadorias, o colorido dos chalwar das escravas e o som dos sinos que vinham dos seus tornozelos, tecidos, joias, brilhos e perfumes, o Tahari tem tudo o que voce possa imaginar , tudo de mais exotico e brilhante, coisas que deixariam minha alma avida  e minha lingua salivando para desgustar todos os sabores daquela terra, mas meu coração estava pesado e meus pensamentos e atenção vol.tados para meus filhos. Draco tratavar de apaziguar a desconfiança da guarda de Kasra, Tobyr embrenhava-se naquele mar de gente a procura de informações e um guia, Locke negociava a um bom preço a guarda dos navios no porto e Honir providenciava mais suprimentos e carrega os kaiilas. O caminho agora seria por terra, atraves das areias quentes do deserto.

Devo admitir que quando o sol se põe no deserto, ou quando a noite desce seu manto negro e salpica o ceu com as estrelas prateadas e a lua banha as areias com sua luz palida, voce tem a certeza que esta diante de uma das visões mais impressionantes que seus olhos poderiam ter. Ele tem uma aura de magia, de poder que impressionam, mas tem tambem a mão implacavel e dura do deus da morte. O invenciveis homens do norte encontraram ali seu maior inimigo: o calor...o sol implacavel que castiga a pele. Uma semana de viagem pelas rochas escarpadas e pelas dunas de areia que se abriam infinitas no horizonte, e um a um dos homens de nossa caravana iam caindo. O orgulho os impediu de seguir a risca os conselhos do guia,  a arrogancia fez com que olhassem com descaso os perigos daquela região tão diferente de Torvadsland. Peles quieimadas, corpos desidratados , e os  gigantes invenciveis, os poderosos torvies, iam sucumbindo. A agua era o maior problema, ela não surge em rios e nem desce a encosta de alguma montanha. Ali, poços esparços é  tudo com o que voce pode contar, se souber o caminho. As bebedeiras da primeira noite envolta da fogueira foram por mim proibidas, não tomariam  nada  que pudesse desidrata-los ainda mais do que  ja estavam. Se gostaram? É claro que não, mas obdeceram . Mesmo Draco  lançou mão de seus protesto por ficar sem sua paga. Honir era o mais abatido, parecia uma piada dos deuses da areia: era o  guerreiro gigante  o primeiro a tombar. Mas de todos , era o meu companheiro quem mais rapido se recuperava , as linhas gravadas em seu corpo garantiam o vigor que  minha alma lhe dava. Nosso guia desde o inicio ja demostrara sua indignação as modos desrespeitosos dos nortenhos ao deserto e pude perceber o lampejo de um sorriso ironico quando viu todos os seus avisos se cumprirem. A sede, o calor infernal, a pele que se queimava  e ressecava, os labios que rachavam secos , feridos e sangravam, era o Hell numa versão mais quente na terra, mas  nada...nada  se comparava ao que ainda estava por vir.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Busca


O impensavel acontenceu. Meus filhos desaparecidos. È a maior agonia que uma mãe pode passar. Depois que Ivar partiu de Tsiq Jula de volta para Schendi, eu cai de cama, sangrei por meu companheiro que se feriu em batalha. Desde que as historias do invencivel TarskNegro se espalharam por entre os homens e os inimigos de Draco , que tanto as escravas como o povo de Tsiq-jula , cultivam um receio de mim. Os ferimentos não sangram, a carne se fecha como magica, a vida dele guardada pela propria Hella. Sao muitas as historias contadas e foram muitas as vezes que as bonds do long acordaram com meus gritos, comigo banhada em sangue sem que o meu corpo fosse ferido,  com a estranha doença que que fazia a senhora se recolher ao quarto e ficar prostrada na cama por dias. Ninguem ousava falar, mas sussurravam nas sombras...bruxa. Assim, não fui  fui incomodada ate que me restabelecesse e não fiquei sabendo da escapada de Tobyr e Val no Drakar novo de Draco. Tinhamos uma viagem planejada no novo barco, era a promessa antiga de ir a Venna que seria cumprida. Mas quando Draco retornou dias depois, ele percebeu não so a falta do Drakar, mas tambem a presença de um  prisinoeiro por ele conhecido. Era o cozinheiro de Sir Gaius. Tobyr tinha cometido a loucura de tomar emprestado e   destruir o navio novo,  em terra, grande pilhagem dele se resumiu em  roubar a carroça do homem que levava de volta para Ar mantimentos a sir Gaius. O fez prisioneiro, e o manteve preso na cruz ate o retorno de Draco. Nâo precisei de muito tempo para perceber a gravidade do problema. Gaius poderia entender como um ato de agressão , ele tinha minha filha sob a sua tutela e o medo tomou conta de mim. Vi nos olhos de meu companheiro que seus pensamentos eram tão sombrios quanto os meus. A necessidade de esclarecer o mal entendido era urgente. Os navios foram preparados e o mais rapido possivel zarpamos rumo a Ar, com presentes para compensar o infortunio e com o dito cozinheiro a bordo. Assim que chegamos percebi que tinha algo estranho quando minha filha não veio nos saudar. Meu chão sumiu quando Gaius perguntou a nos se traziamos Thassia de volta. Draco ficou livido quando ouviu que Ivar tinha vindo buscar Thassia para uma visita a Tsiq Jula.  Ivar tinha me visitado semanas antes e eu sabia que ele passaria por Ar, enviei para ele uma carta para ser entregue a Thassia . Só conseguia imaginar que ele estava carregado de boas intenções, sabendo da saudade que sentiamos dela, tinha resolvido nos fazer  uma surpresa, o problema era que era sem a autorização do pai.. Tentei acalmar Draco  e resolvemos que voltar a Tsiq-Jula seria o melhor , imaginando que tivesse ocorrido um desencontro e que provavelmente os meninos estariam la a nossa espera. Voltamos . Draco rugia furioso e soltava promessas de que dessa vez arrancaria o couro de Ivar. Eu tentava apaziguar e acalmar sua furia, mas era em vão. Na Estalagem em Ar, Draco tinha sido  informado e devidamente apresentado a uma divida de Ivar , por um comerciante de Lydius.O anel com o selo da familia garantia a verassidade da historia. Ele informava o valor gasto com produtos e ervas, descrevia Ivar e uma suposta Free Compenion. Mas foi so quando retornamos que o pesadelo alcançou uma dimensão estrondosa. Os meninos não estavam em Tsiq-Jula, se quer tinham aparecido por la.  O receio voltou a tomar conta de nossos corações. O perigo de um sequestro durante a viagem era uma realidade. Ao que tudo indicava Ivar tinha buscado Thassia em Ar, mas parecia que ela não estava com ele em Lydyus e sim outra   mulher que o acompanhava , sua suposta esposa. Então onde estava Thassia, onde estava Ivar, e quem era essa mulher misteriosa?. Decidimos tentar Schendi, com a esperança que a falta de juizo de Ivar tivesse arrastado a irmã junto com ele numa brincadeira de mal gosto. Foram dias de ansiedade e agonia dentro do Navio. Temendo um resgate, Draco levou conosco uma verdadeira armada de Guerra. Aportamos no porto de Schendi sobre os olhares desconfiados e as lanças erguidas dos rarii. No quartel general fomos informados que Ivar desertara, não retornara desde que partira em seu tarn , abandonando o posto e o serviço. Meu filho pode ser muitas coisas, mas não é um desertor covarde. Algo grave tinha acontecido, e ele não retornar ao seu posto era a prova cabal disso.  Nosso maior medo tomava forma , ja não tinhamos duvidas que os meninos tinham sido emboscados em algum ponto da viagem, viajavam sem escolta e  provavelmente foram  levados por bandidos ou algum inimigo. Nâo tinhamos pistas. Tarsmens foram enviados aos quatro cantos de Gor atras de pistas que pudessem indicar a direção por onde começariamos a procurar.  Eu fiz o que sabia, o que me foi ensinado desde pequena pela minha mae. Busquei ajuda nos espiritos que guiam o meu povo. Adentramos na mata, Draco, Tobyr , Val e eu. Ali com sangue, sob o grande ceu infinito,  eu invoquei os deuses mais antigos do meu povo. E o espirito do grande bosk falou , para minha surpresa, atraves de Valkiria , mulher de Tobyr. O caminho era indicado, a terra onde a areia se unia ao ceu e o  sol dominava implacavel. Os homens tomavam seus lugares nos drakares, as velas foram içadas, as ancoras recolhidas e os ventos sopraram em direção ao Tahari.

O Sonho


Estou com medo de sair do meu quarto e dar de cara com meu filho e não conseguir ocultar a tortura que vai na minha alma. Tenho medo de ser traida pelo olhar, medo de quebrar a relação pura que tenho com ele. Não sei como fui permitir que aquilo acontecesse, sei que a culpa é minha , somente minha. A maldade reside em minha mente, no meu corpo que se recusa a deixar de ser escravo ,não nele, não naqueles olhos azuis e profundos que me pediram apenas consolo.. Que os deuses me perdoem, mas pela primeira vez em anos, desde que ele nasceu, eu o evito.È a imagem de Draco que tento puxar em minha mente, desejo que ele estivesse aqui e ao mesmo tempo um panico me invade. Ele perceberia, apenas no deitar o olhar em mim. E o sonho que não sai da minha cabeça, a dor que  sinto no meio das pernas , nas entranhas, como se algo tivesse me aberto a força. Isso me deixa ainda mais confusa e me pergunto se é resultado do terror que meus pensamentos me causam.Mas o pior é a lembrança, a sensação que me tomou, é isso que não posso me perdoar. Ivar chegou na noite passada, tenho certeza que a escolha do dia foi calculada para não encontrar o pai. Os animos de ambos ainda estão exaltados. Draco partiu  para o mar e tem se demorado mais do que de costume. Ele não perdoou o fato de ter perdido a escrava para Ivar e me culpa por isso. Mesmo usando de todas as formas, não consegui tirar o travo amargo do seu rosto. Ja Ivar, não perdoa o pai por te-lo privado do que ele chama de sua vida em Ar. Destilou uma lista interminavel de todos as dificuldades que é se viver em Schend. O achei mais abatido, magro e como mãe me preocupa o fato dele não estar se alimentando direito, estar em condições precarias, não sei  onde dorme ou o  que come. Apenas sei que os treinos são intensos, que o tutor dele , um antigo companheiro de Draco dos tempos de rarius, zela por ele, o que ja me deixa mais aliviada. Mas ele me reclamou de insonias, de noites mal dormidas, pesadelos. Posso perceber o cansaço e abatimento em seu semblante. Não, não é impressão minha, uma mãe sabe...ela simplesmente sabe. Ele tentou esconder, sei que foi para que não me preocupasse, mas nada escapa de mim e por fim e ele me contou. O cansaço e o esgotamento que a insonia tem causado em seu corpo quase o matou, quase o fez tombar do tarn em pleno voo e outra vez por pouco não foi ferido pela espada de um comapnheiro durante os treinos. Sei que ele não deve estar passando por bons momentos. Ivar é sensivel. Como mãe eu sei o que vai no coração dele. Se fosse quando criança ele correria para minha cama chorando e o meu seio o acalmaria, enquanto meus braços o embalariam ate que o sono viesse. E creio , do fundo do meu coração , que foi uma alma carente, afastada da familia, atormentada pela saudade, insegura com o mundo novo e selvagem ao qual foi jogado que me pediu o acalento. O seio novamente, para que pudesse a voltar a ser menino nos meus braços . Conheço meu filho como ninguem, e jamais consegui negar nada a ele e não negaria ainda mais quando os males que lhe afligem a alma, colocam em risco sua vida, sua integridade fisica. Cedi aos seus apelos. Não deveria? Talvez Draco tivesse razão quando dizia que eu mimava demais o menino, que deveria desmama-lo. Talvez a culpa tenha sido minha em continuar amamentando o garoto as escondidas, cedendo aos seus apelos  quando a idade do desmame ha anos ja tinha passado. A principio me senti exultada, como se o tempo tivesse voltado, tomada de um sentimento puro que so uma mae conhece. Mas então tudo mudou, foi tão rapido. Deuses. Os labios deles se tornaram urgentes e as mãos tomaram meus seios e meu corpo em carinhos. Vi me corpo se inflamar, meu sexo se apertar e explodir em contrações. Me assustei, não com ele, mas comigo mesma. Sei que não houve a maldade nos carinhos, mas meu corpo fugiu ao controle, meu fogo incendiou meu ventre escravo num momento que seria inaceitavel. Vi o susto em seus olhos, a incompreesão pelo estado que eu estava. Ofegante escondi meus seios e com certa rispidez dei uma desculpa qualquer e me retirei. Precisava de um banho frio, o corpo doia de desejo e me recusava a me tocar com meu filho povoando meus pensamentos. A agua gelada esfriou meus animos, mas quando sai da banheira , foi com ele que me deparei. Olhar baixo, preocupado comigo e uma xicara de cha quente nas mãos me perguntando se ele tinha feito algo errado. Deuses como me senti culpada por me comportar tão mal, por ter agido daquela forma com ele. O acalmei dizendo que ele não tinha feito nada e que eu estava bem so um pouco cansada e aceitei o cha. Logo o sono me pegou. Rapido como o vento, profundo como um poço. Não me lembro do momento em que adormeci, meu corpo caiu nu sobre as cobertas e então me vi novamente nas pradarias, o sol queimando meu corpo , o vento fazendo arrepiar minha pele. Então uma sombra se deitava sobre mim, e me tomava inteira em beijos e caricias.Eu não tinha forças para resistir, meus braços não me respondiam, não conseguia mover meu corpo, estava inerte e a merce da vontade daquele homem. Meu corpo apenas reagia a urgencia dos beijos e os gemidos se travavam na minha garganta. Senti  dor quando ele me possuiu, uma dor que se misturava ao prazer daquele membro forçando passagem, era grande..rasgava .... senti os olhos umidecerem e  eu procurava o rosto do homem . Seu corpo era como se fosse conhecido por mim, e a face aos poucos se revelava, turva, desfocada em cada suspiro meu, em cada onda de prazer que me assolava, ate que ficava totalmente nitida, então eu via o rosto de Draco, para em seguida  se misturar ao rosto  de Ivar . O gozo veio intenso e tão real que me assusta ate agora. Acordei nua e dolorida em minha cama, musculos tensos e uma agonia consumindo meu coração. Ele bateu logo cedo na minha porta perguntando se eu estava bem. Agradecendo pela noite tranquila de sono que eu lhe dei. Foi meu consolo, saber que de alguma forma, aquilo tinha feito bem, pelo menos pra ele.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O Ritual


Ha alguns anos atras, quando eu era apenas uma escrava de Draco em  Gladshein, uma sedhir entrou em nossas vidas. Ela ajudou Draco a salvar a vida de sua mãe, lady Catt. Mas o preço era alto, parte da vitalidade e força de meu mestre tinham sido transferidos pela bruxa para o corpo da lady. Mas a sedhir impos um ritual para que Draco recupera-se a força. Um tarsk deveria ser sacrificado para Hella, e seu coração devorado enquanto ainda estava quente. Draco o fez. Sua supertição e crença nos poderes da mulher cresciam a cada dia, a ponto de te-la como conselheira. Foi atraves dela que os espiritos disseram que ele deveria se unir em contrato comigo e foi ela tambem quem predisse que meu filho teria um papel importante a desempenhar . Sempre vi com olhos de desconfiança o envolvimento dele com ela. Como Haruspex, sei a força da magia e o preço que ela cobra. Draco mudou depois daquela noite na floresta. Voltou para casa banhado no sangue do tarsk, sua força tinha retornado e sua vitalidade tambem. Mas havia um brilho de furia nos olhos dele. Ele dizia que o tarsk agora vivia dentro dele e que se tornara tão poderoso quanto ele. Foi ali que ele adotou o nome de Black Tarsk e fez jus a ele. Nesses anos todos vi meu marido enfrentar as batalhas e a morte como se fosse indestrutivel. Voltava sempre ferido, com a carne aberta e o sangue jorrando, mas sempre vitorioso. A ideia de fechar o corpo com magia, era uma ideia que o cortejava e para mim se tornava uma  necessidade urgente. Ele se arriscava mais do que precisava, se valia do tarsk que era parte do seu ser e não media os perigos, agia impulsivamente e brincava com a morte , como uma criança que brinca com seus brinquedos. Aquilo me deixava em agonia, num constante medo de perde-lo. Nunca escondi minha herança de haruspex. Me vali dos meus conhecimentos e os usei da maneira que achei necessario para proteger os meus. Nunca escondi meu amor por ele e o quao importante ele é para mim, minha metade, meu respirar ele era tudo para mim....Estava decidida a fazer qualquer coisa para te-lo sempre vivo comigo, para ter a certeza que ele sempre retornaria para mim, para os meus braços. Foi algumas luas depois que Ivar partiu para Schendi. Draco chegou em mim e por fim disse que queria fazer o ritual. Naquele mesmo dia preparei tudo, os animais para o sacrificio, as ervas e  o lugar que deveria ser consagrado. Quando a noite caiu , apenas eu e ele seguimos para um vale, como é tradição de meu povo, a ceu aberto para executar o ritual aos deuses. Aço, sangue, fogo e dor. Foram esses os ingredientes usados para marcar no corpo dele, os desenhos e  os inscritos que o guardariam. Acredite, ja vi muitos desistirem no meio do caminho. É uma dor que poucos suportam. Mas Draco, entre os gritos de agonia,  aguentou firme, ate cada desenho ser cortado na carne e gravado com fogo na pele, ate que perdesse os sentidos enquanto a chuva vinha tomar o sangue que eu tinha ofertado e dava de beber a terra, mostrando que a oferenda tinha sido aceita e o acordo selado.A morte não o tiraria de mim, nem a carne aberta, nem o sangue derramado, nem doença ou magia iriam toca-lo, apenas o proprio sangue poderia destrui-lo. O preço? Pequeno e que me dispuz a pagar. As energias do que sustentam o mundo não podem ser negadas, mas podem ser barganhadas,. Quando um homem morre, sofre ou sangra, essas energias alimentam tudo o que conhecemos, alimentam os deuses e o equilibrio eh mantido atravez delas. Eu sangraria por ele , a dor dele seria minha  e . os deuses  teriam  sua parcela de sangue, dor e vida. Ele voltou para casa sem sentidos, ajudado por Locke, a quem pedi ajuda para traze-lo de volta. Ele agonizou a noite toda, ardeu com febre em meio a pesadelos, mas quando o dia amanheceu, quando o la torvis surgiu eu pude descansar. Os desenhos gravados na carne estavam cicatrizados e ele dormia o seu sono mais tranquilo.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O Impasse


Existem momentos na vida da gente, momentos decisivos, momentos que voce leva na memoria para o resto de sua existencia. Sejam eles bons ou maus, marcam presença , inciam fatos, trazem mudanças, alguns voce guarda com carinho, outros...voce gostaria de apagar da memoria para o resto de sua vida. Gatilhos  que disparam uma serie de eventos que vão mudar tudo o que voce conhecia. Eles podem acontecer num unico dia, num unico momento ou podem viir se insinuando no decorrer de sua vida e então , naquele dia...onde parece que ate o peito o pressente, como uma agonia, um sussuro do vento, tudo muda.  Criei meus filhos da melhor maneira que pude. Eles tiveram tudo o que o dinheiro podia comprar, todo o amor que eu podia dar. A vida de Draco sempre foi o mar, as pilhagens, as vitorias. Nâo o culpo, era o seu papel a desempenhar nesse cenario complexo que são nossas vidas. Thassia e Ivar foram crianças adoraveis, inquietas como todas devem ser, avidas pela vida e por exeperiencias novas. Ivar sempre foi o mais apegado a mim, o ultimo a desmamar, mas de uma natureza sagas e independente. O genio? Igual ao do pai. E quando duas pessoas são muito parecidas , os conflitos começam a explodir. Draco teve uma vida dura, aos trezes anos teve que aprender a ser homem e fez seu caminho com as proprias mãos. Ele esperava que Ivar fizesse o mesmo, tinha planos , sonhos traçados para o garoto, construiu uma fortuna para que o menino um dia herdasse. Mas o peso de se viver a sombra de um homem determinado como ele, desagradavam meu filho. Eu tentava suprir a dureza das açoes de Draco com Ivar e muitas vezes me colocava entre os dois e como mãe que protege a cria eu o envolvia em minhas asas. .Quando as crianças tinham  doze anos , Draco decidiu que eles deveriam ser mandados a Ar para continuarem seus estudos. Apadrinhados por Gaius de AR, um velho amigo de Draco do tempo em que eles serviram como Tarnsmens. Thassia foi se preparar para ser Physician, tal qual a avó, lady Catt, mae de Draco. Ivar por sua vez, foi enviado a academia de Ar, para se tornar um guerreiro e um tarnsmen, tal qual o pai.. Thassia nunca nos trouxe problemas, apenas as contas de seus estudos e gastos. Ivar, alem das contas , que eram sempre altas, nos trazia os problemas de sua impetuosidade e juventude. Eu sempre achei que exageravam, afnal ...ele era jovem e tinha todo um mundo pela frente. Noites na taverna, cortejo a ladies, escravas usadas.....oras..não é isso que um homem faz tambem?. Meu filho não era diferente, mas Draco tinha uma tendencia a potencializar tudo o que Ivar fazia. Para ele, o menino era um problema, não importava os elogios da habilidade com a espada, da coragem em campo ou do futuro promissor que ele tinha,  ele so via o comportamento de Ivar fora da academia. Oras, o menino so tinha dezessete anos e qual o problema em querer viver a vida intensamente?. Gaius o enviou de volta a TsiqJula, para passar um tempo , ate que a situação se acalmasse em Ar e Ivar pudesse retornar e continuar seu treinamento em segurança. Não preciso dizer que Draco estava irritado quando o meu filho chegou. Tentei amenizar as coisas, mas ele estava determinado a colocar um freio nas aventuras de Ivar. Draco decidiu que ele não retornaria a Ar, mas sim, iria servir em Schendi, onde ele tambem um dia servira. Cortava pela metade a mesada do menino achando que dessa forma, Ivar se tornaria um homem honrado como ele.Oras..Ivar não reagiu bem . SEria enviado para o fim do mundo, como ele mesmo dizia e sem as regalias que estava acostumado. Eu tambem não me agradei, claro. Meu filho querido enviado ainda para mais longe de mim. Era o unico , que apesar da distancia sempre vinha me visitar...tudo bem....coincidia com ele vir pedir mais dinheiro tambem, mas ele vinha , vinha me ver, alegrar o meu coração e isso para mim era o suficiente. Tentei inteceder por ele, mas foi em vão...Draco estava decidido a transformar o menino em homem e me acusava de não deixa-lo crescer....  Não digo que foi ali que tudo começou, a magoa de Ivar com o pai, que sempre era mais duro com ele do que com Thassia, vinha desde muito cedo.mas com aquele impasse entre ambos , os acontecimentos começaram a ser determinados. Draco fez o que achava ser melhor ao filho, ele esperava que Ivar voltasse mudado e assumisse seu lugar ao lado dele em Tsiq Jula. Ivar ao contrario entendeu tudo errado e resolveu tirar algo do pai tambem. Pediu Aleera, a ex pantera que agora era escrava de meu companheiro. Draco negou e eu entrei no meio. A preferencia dele pela menina não me agradava ha muito tempo e se meu fiho a queria, pq não? Assim o menino teria quem o servisse e zelasse por ele e eu...me livrava dela.. Bati o pe e consegui. Ivar partia para Schendi com a dita cuja e Draco ....bem ...ele remoeu isso por um tempo, mas nada que o mar e algumas taças de paga não curassem. Me pergunto se naquele dia, se  tivessemos agido diferente, tivessemos enviado ele de volta a Ar, ou mesmo o mantido em tsiq jula, se  teria mudado algo, ou se  ja estava determinado pelo deuses e nada...absolutamente nada impediria o que estava por vir. Era a roda novamente que se movia.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Ivar e Thassia


Muitas coisas aconteceram em nossa volta a Gladsheim. Desde as marcas da ameaça kurri, ate as devastaçoes que a mão dos deuses jogaram sobre a vila  Por duas vezes tivemos que reconstrui-la. Eu engravidei do filho tão esperado de Draco. Era fertil , como disse a Sedhir , e bastou tomar do vinho para logo meu corpo dar os sinais da criança que crescia em meu ventre.Draco ja quase não partia mais em pilhagens, a vila o consumia. Vi o sorriso desaparecer do rosto dele aos poucos e rugas de preocupação em sua testa se formarem , mão apos mão. Mas prosperavamos. Eu procurava aliviar as preocupações dele fazendo meu papel na vila e cuidando da fazenda e da fortaleza. Sempre que podia eu me refugiava em TsiqJula. Era ali que eu me sentia em casa, eram naquelas muradas feitas de pedra que construiamos nosso mundo particular. Draco muitas vezes me acompanhava e podiamos então nos entregar ao sabor do nosso amor. Foi ali, em meio as dores de uma noite inteira que meu filho veio ao mundo. Ivar. O filho amado e esperado, mas como aprendi em todos esses anos, Ivar nunca chega sem nos trazer uma surpresa e naquela noite, ele trouxe consigo sua irmã gemea.  Thassia não era esperada, mas como o irmão foi tão amada quanto ele .Eu era mae de gemeos e a alegria não podia ser maior. Vi nos olhos do meu companheiro um orgulho e alegria que nunca vou esquecer. Sairam ambos com a nossa pele morena. Ivar veio ao mundo avisando a todos que tinha chegado. Um choro que lhe rasgava a garganta e os olhos azuis, tais quais os meus , abertos , brilhantes como se comprmentasse a vida. Thassia veio em silencio e os olhinhos verdes como os do pai so se abriram dias depois. Cresceram entre a vila e os muros de tsiq-jula. Thassia logo que nasceu encantou o pai , era a joia do Thassa de Draco, tinha meus cabelos negros, os traços delicados que lhe davam um beleza sem igual, mas o queixo firme e os olhos profundo do pai, revelavam a força daquela garotinha. Ela saltava no colo do pai sempre avidas pelas historias de guerra dele, pelas aventuras do grande Tarsk Negro, cresceu venerando e idolatrando Draco. Ja Ivar era a energia em pessoa. Não teve um unico muro que ele não tenha escalado, uma unica passagem que não tenha descoberto,  a vida de um unico morador que ele não tenha atormentado com sua molecagens, ou mesmo um unico desejo que ele não teve atendido de mim quando me fitava com aqueles olhinhos amorosos. Assim como Thassia se tornou  o tesouro do pai, Ivar se tornara o respirar da minha vida. Nesse meio tempo a tragedia novamente se abateu sobre Gladsheim, em meio a guerra entre Kurri e Pks, a vila foi atingida, devastada ...e Draco fez a unica coisa que tinha para fazer.Reuniu o que sobrou dos moradores e trouxe  todos para Tsiq-jula. Montamos em nossa fortaleza, um posto trade, que prosperava e se tornva a base das conquistas de meu companheiro. Sir Robz  voltava, exercendo novamente o oficio de escriba. Na epoca meus filhos com seis anos, foram entregues aos cuidados dele e introduzidos na artes das letras. As viagens de Draco recomeçaram, meses no mar em pilhagens, trazendo de volta escravas e suprimentos. Eu ficava em terra, cuidando das crianças e dos assuntos de TsiqJula. Amei e ensinei tudo o que uma mãe pode ensinar aos seus filhos. Desde o manuseio de ervas ate as historias sobre o meu povo. Foi uma epoca feliz, uma epoca de prosperidade e fartura. O imperio de meu marido foi sendo montado ano apos anos e hoje colhemos os frutos. Mas quando as crianças alcançaram a idade dos doze anos, Draco os afastou de mim. Foram mandados a Ar para concluirem seus estudos. Minha filha viria a ingressar a universidade de Physycian para seguir os passos da avó, Lady Cattherine, mãe de Draco. Ivar, era o desejo do meu companheiro que seguisse os mesmos passos que ele, um guerreiro, um tarnsmen e foi enviado para a academia de Rarius, ambos sob a tutela de Sir Gaius. A luz que preenchia meus dias se apagava e as paredes muradas da fortaleza eram agora minha companhia. Dias a fio, esperando noticias de meus filhos e o som dos horns avisando que meu marido regressava dos braços de sua amante, o mar.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Lady Kalandra


Uma vez submetida e levada a condição de escrava nos braços de um homem sob a rigidez de um colar, tudo muda na vida de uma mulher.Uma escrava é condicionada, treinada a exaustão, disciplinada de forma severa e rigida a não negar sua natureza de femea, a permitir que o fogo escravo em seu ventre se desperte, inflame e faça transbordar toda a sua feminilidade. Não ha vontades, não ha mais o pensamento proprio. Há apenas o mestre e seus desejos. Seu universo se restringe a ele, o dono supremo de seu corpo , de seus pensamentos e de sua vida. Ele a dirige, a direciona, a conduz , a protege e a alimenta. É claro que isso não deve apagar sua personalidade, o bom mestre assim o sabe, mas ele a mantem sob o mais estrito controle, tomando as redias de toda e qualquer situação.Uma livre ao contrario, lhe é permitir pensar, decidir por suas vontades, tomar decisões baseadas em seu proprio julgamento.  Ela paga um preço é claro por essa liberdade. A propria negação de sua condição feminina . O controle de seus instintos mais primais. Ela veste a mascara da frigidez para não sucumbir impotente nos braços de um homem e manter o status social, a conduta moral que se espera dela. Importantes para a sociedade, sim. Gor sobreviveria sem escravas, elas são luxos, destinadas ao prazer e enaltecimento de um homem, Mas as livres são mães, irmãs, companheiras , administradoras, mulheres que trabalham dentro de suas castas contribuindo com o engrandecimento de suas homestones. Elas tem direitos, respeito, mas tambem a solidão . A estigma de carregar a dor e humilhação de saber  que para um homem muitas vezes ela não passa somente de um ato contratual, negociada por alianças e interesses masculinos e que se ve colocada de lado e que  durante as noites é trocada pela companhia de qualquer relez escrava. Ela jamais pertencera verdadeiramente a um homem como uma kajira o é, e jamais sera a preferida, e provavelmente não conhecera os prazers de pertencer incondicionalmente a um homem.Eu era escrava, e ele me pedia para escolher, para tomar a decisão de ser livre e me unir a ele em contrato por vontade propria. Vontade propria, pensar por mim mesma? Eu fui condicionada a desaprender isso e a só basear minhas açoes nos desejos dele. Então fiz o que seria o esperado de uma escrava. Ele queria um filho, ele me queria como companheira, então fiz a vontade dele. Aceitei. Me tornei sua senhora. Intimamente eu temias as implicações disso. Nâo estaria mais aos pes dele o servindo com minha paixão. Nâo seria mais tomada a vontade dele em qualquer lugar, nem tão pouco poderia em publico demonstrar minha fragilidade e necessidade de seu toque. O medo de que ele tomasse outra em meu lugar e estabelecesse a relação intima e profunda de mestre e escravo que tinhamos, tudo isso me assombrou e mesmo depois desses anos todos, devo admitir, ainda me assombra. Nâo foi facil no principio. Eu sentia falta da liberdade que uma escrava tem em ser ela mesma. Eu tive que aprender a tomar decisões em sua ausencia e sim , eu tive que conviver com a ausencia dele. Com a solidão entre as paredes do longhall enquanto ele saia em viagens e não mais me levava. Tomei conta de sua casa, dirigi seus bens , cuidei de seus escravos, de seu dinheiro, zelei para que sua mesa fosse farta ,seus hospedes bem recebidos, trouxe ao mundo seus filhos  e tive a mais estrita conduta para não trazer desonra ao seu nome. Convivi com o preconceito e rispidez de livres que não viam com bons olhos a união de um Jarl com uma escrava. Com ladies que se achavam insultadas por ele ter preterido uma mulher bem nascida  em favor de um kajira. Mas eu passei por tudo isso e não teria conseguido se não fosse por ele. Pelo amor que ele sempre me teve, pelo cuidado, pela chama mantida quando entre quatro paredes eu caia de joelhos e ali era novamente, inteira e plena dele, aos seus pes, escrava de suas vontades. Em nosso salão nunca permiti que outra o servisse. Sempre tomei para mim esse prazer  e privilegio e ele , nunca durante esses anos todos, tomou outra aos seus pes. Não sou tola, ele é homem e é claro que imagino que em seus meses no mar, em suas  pilhagens, ele tome outras em seus braços. Mulheres de seus inimigos feitas escravas, as melhores separadas para My jarl, aberta por ele quase que como em um ritual, ou mesmo quando  sucumbe aos instntos mais primais de um homem , a lasciva de seus desejos vez por outra com uma de suas tantas bondmaids. Evito pensar nisso, evito a dor que vem com esses pensamentos. Mas quando ele o faz, o faz longe de meus olhos, ou no maximo dividindo comigo o prazer do momento em nossas peles. Não pq exijo ou imponho, pois não tenho esse direito, mas sei que pelo amor que ele tem a mim.E sou grata por isso, grata por cada momento de amor e felicidade, grata pela graça de ser mãe, grata pelo amor e pela vida que construimos. Mataria e morreria por esse homem sem sequer exitar ou me arrepender. Ele tem sido meu respirar, minha razão de viver, ele tem sido o amor da minha vida, total e pleno, mais do qualquer mulher ousaria sonhar.
                                                                                                      Lady Kalandra de Tsiq-Jula.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Draco de Gladsheim


Quando retornei ao norte, não era em  nada parecida com a menina de quinze anos que tinha sido trazida assustada, nua sob as correntes para ser escrava nessas terras. Eu era uma mulher. Tinha meus vinte anos e tinha vivido muitas coisas. A beleza me acompanhou e devo dizer que os deuses nesse aspecto, foram generosos comigo.A pele morena, os longos cabelos negros e o azul dos meus olhos se destacavam no meio daquela gente de pele clara que me consideravam uma beleza exotica. Em toda a nossa existencia, há dias que são marcantes, tão marcantes que sempre vamos leva-los na memoria o resto de nossas vidas, tão determinantes que mudam todo o destino, fazem a roda girar.Ha dias que serão lembrados com alegria, outros de pura dor e lagrimas,  dias que  farão o amor  se renovar sempre.
No dia em que conheci Draco minha vida mudou. Me lançou num caminho sem volta, me deixando a merce das vontades e desejos deste homem, da urgencia e necessidade de ter o seu amor. A noite era de festa no long, o filho de Black Yve e Lady Catt havia voltado para casa. Eu desci ao long como sempre fazia para ver o trabalho das meninas. Meu senhor tinha saido em viagem o que me deixava com  uma noite mais tranquila. Eu dançava quando senti os olhos dele sobre mim. Ele era bonito. Um rosto jovem e forte, os cabelos negros caindo pelos ombros. A pele morena , os olhos verdes , a barba  bem feita que cobria seu rosto, Seus olhos me acompanhavam em  cada movimento meu , ate que num impeto ele me puxou sobre a mesa e em meio a minha surpresa devorou todo o meu corpo com sua boca.  E eu nunca mais consegui ficar longe daqueles labios. E dia apos dia, encontros  apos encontros, mesmo com a relutancia de não me entregar, mesmo com a certeza de que aquilo era um sonho impossivel, eu me vi cada dia mais sendo dele. Meu dono não me venderia e ele não podia usar a menina do Jarl da vila. Mas o inevitavel aconteceu, as margens do rio, tendo somente a mata como testemunha ele me tomou em seu braços e me amou como jamais fui amada em toda a minha vida. Doses cavalares e abrasadoras de paixao e loucura. 
Faziamos o possivel para que ninguem desconfiasse, mas os olhares pareciam sempre atentos em nós, principalmente o da slaver Alkena, que sempre desconfiei , nutria sonhos secretos em se tornar a Fc de Draco.Meu dono não retornou de uma das suas viagens. Os dias foram passando e Draco se tornou first Axel  e se ofereceu para ter minha tutela sendo meu protetor ate o retorno do Jarl. Isso nos aproximou, mesmo eu não tendo o seu colar, ja me considerava dele.  Mas muitas  mãos se  passaram e meu dono não voltava. A vila fervia, logo um novo jarl reclamaria o direito sobre a vila e suas escravas. No retorno de uma pilhagem vitoriosa, onde os drakkares de Draco voltavam cheios de escravos e ouro, ele quiz me comprar. Lhe foi negado,. A slaver  recuou diante a promessa de me vender a ele. Tentou convence-lo a ficar com a jovem Líria, ou mesmo arruamar outra escravas durante as viagens. Discutiram muitoe ele foi expulso da vila. Naquela noite ele entrou pela janela da casa de meu amo. Me tomou nos braços e me amou, ao calor do fogo , esparramado sobre as peles macias da casa de meu dono, ele prometeu que voltaria para me buscar. O colar com o dente de tubarão que carrego ate hoje no pescoço, me foi dado naquela noite .Eram as correntes que me prendiam a ele. O colar que me tornava cativa de seu coração e ele dono do meu. Mas nem tudo saiu como o esperado. Eu estava na mata, peto da magen do rio onde nos deitamos a primeira vez, quando fui atacada e caputrada por um Kurr. fui levada da vila. Mas os deusinterviram.  Draco nos encontrou e matou o
kur junto com seus homens , me salvou e me tomou para si. Finalmente eu pertecia a ele de fato e de direito. Draco não é um homem que recue na sua palavra. Não voltaria a Gladsheim.. A cidade lhe tinha dados as costas e ele resolvia fazer o mesmo. Meu dono , sem homestone era agora um outlaw. Com um bando que aumentava a cada dia . Descemos o Laurius, vistiamos cidades, acampamos, os homens pilharam e sacaquearam todas as vilas que encontravam no caminho. Passang a passang ele ia fazendo seu destino. Eu digo que foi a melhor epoca de minha vida. Claro tivemos muitos outros  bons momentos juntos. Mas ali , eramos somente eu ele que importava no mundo. Eu vivia a seus pés, o seguindo como uma sombra onde quer que ele estivesse. A atenção  dele sempre sobre mim, em cada gesto, cada movimento, sem admitir que minha visão saisse do alcance de suas mãos  ou mesmo dos seus olhos.  A cada dia, a cada la'torvis que morria no horizonte, o fogo queimava cada vez mais forte  em nós.
Então um sonho mudou tudo novamente. Eu bem sei que não se deve desconsiderar sonhos. Draco acordou no meio da noite, assustado, banhado em suor. Tinha sonhado com a vila , com mãe envolta em sangue o chamando. Sob as ordens de Draco, recolheram o acampamento e traçaram a rota ate Gladsheim.
Eu não tinha um bom pressentimento naquela volta. Mas o seguia. Dracco com todos os seus homens e escravas retornou a sua antiga vila. Sim haviam muitas meninas, as melhores e mais belas de cada vila pilhada eram mantidas, enquanto as outras vendidas. Venda de escravos é um bom negocio em Gor e não foi dificil pra Draco perceber isso. Eu não era a unica a ter o seu colar, mas era a primeira e a preferida entre elas. Havia Cibelle ,Ruby, Emma e ate mesmo uma pantera chamada Aleera.Havia um nevoa verde cobrindo a villa. O silencio era total, a não ser pelo barulho dos remos batendo na agua. Era um cenario desolador,. Em nada se parecia com a vila que tinhamos deixado. Uma enorme nave pairava sobre o longhall. Nâo haviam crianças nas ruas, não haviam mulheres nos mercados, não havia o grito dos mercadores . Nos instalamos numa probriedade abandonada por seus moradores. Draco tomou a fazenda e  então descobrimos o que estava acontecendo. O mal tinha um nome. Kurr. Ataques destas bestas nos moradores, cidadões que desapareciam, O surgimento da nave sobre a vila, doenças , campos queimado tudor era medo, e os moradores viviam escondidos. Draco ajudou a vila como pode. Alimentos, proteção , sua espada a serviço do Jarl.  Lutou e liderou aquela cidade ate as bestas partiram. Prosperamos, a fazenda cresceu. Uma fortaleza foi erguida em  a meio caminho das rotas comerciais na costa do Thassa.  Nascia Tsiq-Jula. Uma forteleza que seria o alicerce do Imperio dele. Draco se tornou High jarl da vila e muita coisa tinha mudado. O peso das decisões, as responsabilidades tinham mudado o meu amo.
Ele tinha chegado aonde queria. Tinha o poder, a riqueza, os homems , as escravas, tinha conquistado tudo o que  um homem precisa conquistar. Mas a Sedhir  da vila lhe soprou nos ouvidos. Era hora de mudar, era hora de ter um filho.Ter um filho pede um contrato de companherismo livre. Feito somente em livres. Eu era escrava. Logo previ a vinda de uma mistress. Mas o destinho me surpreendeu. Os espiritos sopraram nos ouvidos dele atraves da  boca  da bruxa, que para ter sua companheira ele deveria  primeiro liberta-la. Quando ele me libertou,  que o aço frio deixou meu pescoço, eu vi naqueles  olhos verdes  o amor mais profundo que uma mulher pode desejar, me pediu que eu fosse a mãe de seu filho e eu  aceitei. Foi a decisão mais dificil que eu tive. Sabia que teria de abrir maõ de muitas coisas. Não poderia mais estar aos pés dele, algo que me dava um prazer sem igual, minha postura teria que ser de um livre e não mais a de uma escrava, mas era uma honra sem igual, ele me dava o privilegio de ser sua companheira, carregar seus filhos em meu ventre , dividir  o seu trono,  e o fazia por amor. Me tornei a Jarl'Woman de Gladsheim , Ubara e Senhora de Tsiq-Jula.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Gladsheim Village


Aportarmos em Gladsheim no meio da manha.  Era outono e o sol aquecia de leve aquelas paragens. A vila estava localizada na floresta do norte, as margens do rio Laurius , tendo as grandes montanhas torvalds ao norte. As arvores começavam a secar espalhando suas folhas no chão. Era uma bela vila e ali eu saberia, o destino me reservava alegrias e tristezas.Meu dono era o sobrinho do antigo Jarl, com a morte dele, herdou o vilarejo.Vim descobrir depois que o motivo dele ser criado no sul, tão longe de seu povo , era o desagrado que sentiam  quando ele nasceu. A mãe irmã do jarl da vila, havia fugido e estabelecido contrato com um homem do sul, inimigo daquela vila.Mas o jarl não deixara herdeiros, sendo apenas ele o unico parente de sangue. Então ele voltava para tomar o que ele achava ser dele, antes que a disputa entre os guerreiros eleje-se um novo Jarl. Não houve alegria com a chegada do novo Jarl,  podia-se perceber a tensão entre os guerreiros. Para eles meu amo era um estranho, criado longe dos costumes torvalds, tinha apenas o sangue, que respeitavam, mas ele precisaria provar para aquela gente que era digno de ser seguido. A principio as coisas foram tranquilas. Fui feita first girl novamente e cuidava das bondmaids que ele herdara e as que ele acumulara com as pilhagens dos guerreiros. Mas ele não era um guerreiro a moda torvalds, nem tinha o perfil de um jarl. Logo a insatisfação começou a surgir. Ele se preocupava mais com suas bondmaids e pouco com a vila ou em seguir nas pilhagens com os guerreiros. Seu ego era grande e as regalias e boa vida era o que importava para ele.Ali voltei a encontrar o jarl Robz e minha adorada amiga Bell e conheci outras pessoas, bonds e livres, de alguns trago boas lembranças , de outras apenas o amargor na boca. Uma delas era Lady Alkena, mulher dura e de um azedume na alma que deixava o ar mais pesado quando ela estava por perto. Era a slaver e eu me reportava diretamente a ela  na ausencia do meu jarl. Ela não gostava de mim e fez o que pode para transformar minha vida num inferno enquanto estive ali. Havia tambem Lady Fleur, a padeira e doceira da vila. No incio ela dirigia uma casa de chá. Seus doces eram fomosos, sua tortilha de sardinha trazia viajantes de longe para saborea-la. Uma mullher de negocios que a simples menção do barulho de moedas em sua bolsa ja lhe trazia um sorriso. Chegou a ser uma das comerciantes mais prosperas da vila. Herdou o açougue quando o seu fc morreu , entrou de socia na taverna e montou uma estalagem. Havia lady Lidia a costureira, a lady Perfumista TAi, filha do primeiro machado, Jarl Mad, Lady Cat e Lady Ursula as physycian da cidade. Muitas bonds , entre elas Liria, preferida de lady Alkena e Susi uma bond que vivia correndo do serviço. Outos chegaram depois, Lady Hanna, outra costureira que assumiu a função quando lady Lidia morreu, foram muitas os moradores de la, corro o risco de não me lembrar de todos, afinal ...ja fazem tantos anos.
Eu estava no norte novamente, habitos, serviço pesado, serve...tudo eh bem diferente do sul. Mesmos os nortenhos. Homens grandes, violentos, espirituosos e temiveis em batalhas com seus machados quando tomados pela frenesi de Odin, mas tambem..bons jarls. Não exigem tanta formalidade de uma bond, mas dedicação total. Uma bond é para o prazer dos homens a vida dela eh servir bem os guerreiros nos caminhos do norte. E assim era, o long vivia sempre cheio, os homens iam se beber mead e se divertir com as bonds. Meus serves eram restritos, quando meu dono estava em viagem, me atinha a supervisionar as bonds e verificar se tudo corria bem no long. Mas um dia em que meu mestre viajava, no cair da tarde os horns tocaram alto avisando que uma embarcação se aproximava do porto. Como de costumes, o povo foi receber, as bonds correram animadas na expectativa de poder agradar os jarls que desceriam do navio. Não era um Drakar com velas nortenhas. Era um navio do sul, o que despertou ainda mais a curiosidade. Dele desciam homens que viriam para ficar e para transformar vidas, entre elas , a minha. Lembro que estava envolta em tarefas e não pude correr ate o porto junto com as outras bonds. Mas avistei de longe o tumulto e ouvi os gritos de comemoraçao. Um dos homens do navio, havia nascido naquela vila , filho da physcycian lady Cat, havia sido educado no sul, entre os tarmens de ar e depois em Schendi. Ele retornava agora, tinha a profissão de ferreiro como o pai ,  era um bravo guerreiro, um habil tarnsman e trazia e  consigo dois companheiros leais....Locke e Tobyr . O nome dele era Draco de Gladsheim e foi com ele que eu descobri o amor.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A Roda do Destino

 


E o mover da roda do destino. que põe em movimento a vida e diz os caminhos que serão abertos ou fechados, que muda e arremessa a sua vida para situações que as vezes sequer sonhamos. ´E ela que movimenta os fatos e nos transforma nos que somos.
Os tambores tocavam e o silvo alto tal qual o  de um animal era ouvido vindo da mata avisando que  a En e suas meninas voltavam. Fogueiras foram acesas para assar a carne que as guerreiras traziam e o clima de festa tomava conta do acampamento. Ale, era uma mulher não muito alta, cabelos negros desgrenhados , o corpo coberto por algumas pinturas de guerra e um olhar extremamente duro. Nâo era de uma beleza excepcional, mas seu porte altivo não a deixaria passar desapercebido. Era a En daquele grupo e vinha para minha direção acompanhada de Mayy. Ela me mediu da cabeça aos pes, um olhar desdenhoso e um sorriso cruel. - "Então a escravinha quer se juntar a nós? Não vou me opor a uma slut me servindo.* Era claro como a agua que eu a desagradava, algo na minha condição a irritava profundamente. * ela quer fazer parte do bando Ale, parece que fugiu*. Ale gargalhou, e o olhar veio cruel e desdenhoso para mim. * vc não sobreviviria um dia na mata escravinha e so nos atrapalharia.. Eu a odie quando ela me lançou aquele olhar, pela primeira vez me senti a mais insignificante das criaturas. Elas não gostavam de escravas, era bem sabido, e eram extremamente no seu desprezo e o que podiam fazer para humilhar , faziam. * ela tem o direito de tentar * a voz veio do fundo do grupo, era a garota de cabelos curtos e cara suja. Havia algo de maldoso na forma como ela falava.* pq não deixa ela tentar en os da um pouco de diversao.?* As meninas concordaram e haviam uma excitação crescente entre elas.* - sim...o teste...* elas gritavam e Ale me avaliava sem tirar aquele sorriso. - "que seja....estou mesmo precisando me divertir." arrancou a adaga e habilmente atirou aos meus pes, cravando na terra umida. * soltem ela e vamos ver se tem coragem de morrer tentando a liberdade, ou apenas é uma misera escrava que prefere um colar a ter que lutar* Eu compreendi o que seria feito. Mayy me soltou e me passou rapidamente o objetivo do teste. Eu deveria provar que era digna de estar com elas, deveria lutar pela minha liberdade, seu eu vencesse, me juntaria a elas, se não morreria ali mesmo. Peguei a adaga e senti o peso da lamina. Oras , eu era uma tuchuk e se tinha algo que uma tuchuk aprendia desde cedo, era o manuseio da adaga. Mas Ale tinha uma confiança que me fez vacilar.  O circulo foi formado e as duas , a En e eu fomos para o centro. Ela brincava e debochava, como a fera que brinca com a presa antes de come-la. Partiu para cima de mim e então vi os gritos e risos cessarem pouco a pouco. Ela era habilidosa , mas eu tambem o era e a venci. Deixei ela no chão, com cortes sangrando nos braços e minha adaga em seu pescoço. Exultei e  mandei o meu melhor sorriso de deboche. Ale substimou a escrava e cometeu um erro grave dentro de sua arrogancia. Uma vez que a En perde num desafio ela perde seu cargo. Somente a melhor guerreira deve comandar. Ela sabia disso, devia ter colocado outra guerreira qualquer e agora estava ali no chão, pronta para ter a garganta cortada, humilhada , vencida por uma simples escrava. Havia o silencio na roda. Mayy me avisou oque aquilo significava . Afastei a adaga e deixei ela levantar. * não quero liderar ninguem, so quero um lugar para ficar. * Ale levantou batendo a terra do corpo sem se importar com o sangue dos cortes. Entreguei a adaga e vi que ela me odiava ainda mais. * que ela fique, conseguiu o direito para isso * Não a vi mais durante aquela noite. Aquilo tinha levantado minha alto estima e me dado um pouco de respeito entre as meninas. No dia seguinte começaram meu treinamento. Arco e lança me foram ensinados. Aprendi a conhecer as trilhas, a apagar rastros, a caçar  e a me virar com o que a mata me dava. Mas ali não era meu lugar, era o que meu coração me dizia. Aquelas mulheres nutriam um odio enorme por tudo o que não se adequava a maneira delas viver. Reprimiam a propria feminilidade, se tornando mascaras de escarnio e odio. Temiam a mulher que existia dentro de cada uma e manisfestavam o medo e o desejo de estar nos braços de um homem, com odio e violencia pura. Aos poucos fui conquistando meu espaço, ficando boa nos treinamentos. Faiscas sempre saiam entre mim e Ale, e o companheirismo ia surgindo com o bando. Cheguei a Tor dentro do bando e sabia que mesmo a En não gostando de mim, eu tinha o seu respeito. Aos poucos as barreiras foram sendo quebradas. Caça, comercio de escravos e rituais de dança eram feitos sob as luz das luas de Gor.Capturei, comprei e vendi muitas caputras. Os lucros eram divididos na tribo para a subsistencia do grupo. Mas eu comecei a juntar meus espolios. Ali não era o meu lugar e sabia que um dia eu iria partir e não ia fazer de mão vazia. Aos poucos o bando foi desintegrando, Ale saiu um dia em viagem e não mais retornou, Mayy assumiu. Ataques, meninas capturadas que ganhavam um colar e não mais queriam voltar a vida antiga, assim o bando foi ficando escasso. Era mais dificil manter a segurança. Um grupo de outlaws fez acampamento na floresta e os ataques começaram. Foi num desses ataques que fui presa, antes de por fim aos meus planos de voltar para o meu povo como uma livre e com algum dinheiro. Fui presa e encoleirada. Tinha um novo mestre. Guy era o seu nome. Um outlaw que tinha em seu sangue aquela vida. Me levou para Schendi, me afastando do norte. Vivi com ele um bom tempo e em uma das suas incursões pelas matas de shcendi, o camp foi atacado. Novamente o a roda do destino se movimentava e mudava de mãos. Fui levada pelo bando para  Hunelt Hameer,. Um pequeno porto maritimo, perto do delta do vosk. Uma vila basicamente de  comerciantes e piratas. Meu novo dono era o slaver do lugar. Big Jhon. Fiquei com ele, ajudando no treinamento das capturas que chegavam por um bom tempo, ate que um homem do norte em viagem tornou a me comprar. Um interesse particular em mim chamou a atenção dele , quando soube que eu era tuchuk. Fabio Florian era meu novo mestre e  me fez muitas perguntas sobre minha vida. Quem eu era antes de ganhar um colar, como havia sido, quem eram meus pais , meu clã, para onde fui levada, quem foram meus mestres....enfim ...ele parecia ter um interesse sobre o povo do vagão. Viajamos para shendi novamente. ERa um mestre severo e exigente. Não falava muito dele, apenas sabia que era do norte, mas tinha sido criado no sul. E foi o treinamento do sul que ele exigiu de mim.O servir formal das kajiras.  Um dia ele me avisou que partiriamos. Tirou a chave do meu colar de sua bolsa de couro presa ao cinto e me avisou que eu o ajudaria em uma empreitada. Então entendi o interesse na minha origem. Ele precisava se infiltar no meio dos tuchuks. Tirou meu colar, disse q agora eu era livre....simbolicamente assim dizendo. Eu deveria assumir o papel de lady, de uma haruspex como era o meu cla. Eu tinha conhecimento do oficio, herdado de minha mãe, e sob um suposto contrato comigo, seria aceito no povo do vagão. E assim foi, a historia e o nome de minha familia foi citado e por um tempo voltei a viver entre o meu povo. Era um camp menor, não era o mesmo que tinha vivido a minha vida toda e não sabia bem o que ele queria ali, mas numa noite , em que ele saira mais cedo para vizitar um camp vizinho para tratar de negocios, eu acordei com ele a me chamar afoito e mandar que arrumasse minhas coisas. A noite estava alta e boa parte do camp dormia. Burlamos a guarda, ele trazia uma sacola pesada com ele que não a largava por nada. Tinha sangue nas suas roupas e aquilo me gelou a espinha. Perguntei o que tinha acontecido , mas ele apenas me mandava calar e seguir adiante. Percorremos um bom caminho a pe na pradaria , ate que chegamos a um vagao ja carregado com alguns mantimentos. Percebi que ele havia preparado tudo com antecedencia. Estava com muita pressa de sair dali e antes que eu subisse no vagão, vi meu colar ser colocado novamente..  Vijamos por dias sem parar, pegamos as trilhas da floresta e chegamos novamente a Schendi. Tomamos um navio e foi então que ele me disse para onde iamos. ´"Norte...vamos para o norte". Ele não se desfazia por nada da sacola e eu entendi porque . Ela estava carregada de ouro, Ouro que eu sabia não era dele. Uma escrava não deve fazer perguntas, mas eu tinha um pessimo pressentimento de como ele tinha conseguido aquele ouro, e perguntei. Foi então que tudo fez sentido. O meu disfarce, o tempo vivido no meio do povo do vagão, a fuga no meio da noite e aquele ouro todo. Naquela noite da fuga, ele foi ter com o engodo de um dos camps vizinhos. Os tuchuks tem esse habito. Criam um engodo, uma falso Ubar que ostenta toda a riqueza e que guardas todos os tesouros do verdadeiro Ubar. Assim evitam que estranhos conheçam a identidade do verdadeiro líder. Geralmente é alguém de confiança do Ubar, um parente de sangue ou mesmo um velho amigo. Fiquei sabendo depois que o camp que ele havia visitado, era o mesmo onde eu havia vivido. Ele havia aproveitado da confiança que adquirira do  falso Ubar do camp,  comeu e bebeu a sua mesa e quando ficaram a sós, que as escravas foram dispensadas e o homem ja estava alto por demais com a qualhada, uma bebida fermentada e extremamente forte, ele matou o engodo, sem mesmo dar ao homem tempo de perceber a lamina em seu pescoço, de reagir ou mesmo gritar por socorro. Deixou o homem enrolado sobre peles como se dormisse e saiu antes que alguem percebesse o que tinha acontecido. Provavelmente quando foram tentar despertar o suposto Ubar viram o que tinha acontecido, mas ja estavamos longe o suficiente e agora , estavamos a caminho do norte, onde ele dizia, assumiria seu lugar de direito, voltando mais rico do que quando tinha partido. E novamente a roda girava e do convez do navio , pude ver novamente as terras geladas do norte.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Panteras





Elas estavam por toda parte e sequer as vi chegando. Eu olhava em volta me vendo cercada por elas, cada vez que meu olhar varria o local, mais uma mulher aparecida em meio as folhagens da mata. Me cercavam com lanças nas mãos, olhares ferozes e ruidos que pareciam rosnares. Eu sabia que mulheres eram aquelas. Vez por outra um guerreiro chegava a  Port of Tarsks arrastando uma delas presa as cordas ou correntes. Eram panteras, as meninas da floresta. Mulheres que em algum momento de sua vida, preferiram a imensidão e isolamento das matas do que a subverniencia aos homens. Eram belas, soberbas, altivas e orgulhosas, mas de seus olhos crispavam raiva e desdenho por mim. Eu era tudo o que elas mais odiavam...uma escrava. Eu fiquei assustada e tive muito medo. Elas me cutucavam com suas lanças, rindo e escarnecendo de mim, que tinha me jogado ao chão e tentava a todo custo proteger meu corpo. O grupo se abriu, e  uma mulher de cabelos longos e tão dourados como o la'torvis, tão reluzente quanto a prata , tomou passagem por elas. Eu percebi que era alguem de comando ali. Os risadas e provocações  cessaram, o silencio tomou conta do lugar enquanto ela me olhava de cima num visivel desprezo.
" - O que temos aqui? Um bichinho que se perdeu de seu dono!" - as gargalhadas irromperam novamente. " - Qual o seu nome escrava e quem é teu dono? " ela perguntou e olhou em volta como  se buscasse enchergar mais alguem ali  alem de mim. " - Ela esta sozinha, estamos  vigiando ´ha um bom tempo , tem vagado por dias pela mata " Explicou uma garota de cabelos curtos e com a cara suja que corria em assegurar a lider que a situação era segura. Eu tremia da cabeça aos pes, não sabia o que era pior, ser pega como fugitiva ou parar nas mãos daquelas mulheres. O medo tinha roubado minhas palavras.
"- QUEM É VOCE?" ? ela agora gritava me agarrando pelos cabelos. "- vou ter que me fazer ouvir melhor?".
Eu conseguia ouvir o barulho do meu proprio coração de tão alto que ele batia no peito . Eu busquei as palavras. " - Ka...Kalandra.. Eu fugi da cidade...preciso de ajuda, preciso de abrigo".
Novamente gargalhadas , mas a mulher me olhava sem achar graça de nada. Os olhos de um azul limpido me fitavam friamente.Ela me avaliou e a boca se abriu num rasgar de escarnio. " - Acha que as selvas são seu ninhozinho de peles ao lado do fogo de seu mestre?  Não tem homens aqui pra voce abrir suas malditas pernas e conseguir mimos e caprichos para tornar a sua vida mais facil , vadia. A unica coisa que voce ia conseguir é quebrar as suas unhas e atrasar o bando." as outras concordavam, eufõricas e raivosas , gritando que deveriam me vender." O dono dela deve estar ansioso por reve-la e deve pagar bem* era a menina de cara suja e cabelos curtos que agora falava com um tom maldoso na voz. Se elas me devolvessem eu estava perdida. Tinha fugido e aquilo não era tolerado , muito menos a uma escrava que era a first da cidade.
-" Pelos grandes espiritos não...eu não posso voltar. Faço qualquer coisa, não quero voltar...."
A loira deu de ombros. " - De qualquer forma não sou eu quem decido. Prendam ela , vamos levar ao acampamento, a En vai decidir o que ser feito com ela. "
Me amarram sem cuidado algum, a corda foi passada no meu pescoço com o nó feito de forma a apertar minha garganta caso a corda fosse tencionada. Minhas mãos foram amarradas para frente como toda mulher em Gor. Praticamente me arrastaram pelas trilhas , elas andavam rapido e eu tinha dificuldade em acompanha-las. Pareciam conhecer todas as arvores, pedras e arbustos. Batedoras iam na frente, outras se distanciavam do grupo ficando mais atras para garantir a retaguarda. Eram organizadas, alguns Ahns depois e eu estava mais perdida e desonrientada do que antes. Mas elas sabiam para onde iam . A noite ja caia trazendo seu manto de estrelas quando atravessamos um rio. Toda hora elas paravam e pareciam cheirar o ar, como se estivessem a espreita , usando o olfato para se guiarem. Eu achei aquilo estranho e perguntei pq faziam isso. "- Sleens..." foi a resposta que recebi e então compreendi. O cheiro indicaria um sleen por perto caso houvesse um e o rastro tinha que ser desfeito. Dizem que os sleens podem seguir o rastro da vitima ate por um mes, eles são pacientes, seguem e quando encontram a presa  o ataque é letal. Conforme nos aproximavamos de uma extensa massa de vegetação fechada proxima a encosta de uma montanha elas iam fazendo sons como os de animais e outros sons vinham em resposta. Percebi que se comunicavam e aos poucos, conforme nos aproximavamos, mais mulheres iam aparecendo..  Pude ver  entre as folhagem, madeiras e cordas que formavam o que parecia ser um grande portão. Mais guerreiras portando lanças, adagas e arcos se aproximaram, abriram os portões e recepcionaram festivamente as companheiras. Logo a curiosidade delas cairam sobre mim. Nada seria decidido ali, esperavam o retorno da En que havia saido mais cedo para caçar. Ali fiquei sabendo,a loira que havia me trazido se chamava Mayy e era  a SE do bando, a segunda na liderança. Me prenderam a um poste para que eu aguardasse ate o retorno da EN, seria ela que decidiria sobre o meu  destino.

terça-feira, 24 de maio de 2011

A Fuga

Tento colocar em ordem agora as lembranças. Do dia que retornei a tarsk ate os dias de hoje. Muitas foram as curvas do destino e hoje rabiscando essas memorias me dou conta do quanto vivi ate chegar aqui. Fiquei sob a posse de Sigrid e Sigurd , respectitivos high jarl e high jarl woman de Tarsks. O tempo no camp havia reassendido minha natureza nomade , livre de tuchuk. Não preciso dizer que foi dificil a readaptação. Aquelas muralhas de pedras pareciam me aprisionar e eu me sentia sufocada, sem ver graça ou beleza em nada por ali. O inverno passou , a primavera chegou. Grande parte do gelo derreteu, os rios voltaram a correr, e camadas esparças de grama eram vistas, junto com as flores do norte que desabrochavam. Naquela epoca eu ja me tornara first guirl de tarsk. Era a primeira, a responsavel pela outras escravas e por garantir que todo o serviço da cidade fosse executado a contento. Para uma escrava eu vivia bem, tinha poder sobre as outras, minha bele morena se destacava das peles brancas do povo do norte , logo chamavam a atenção e conferiam a mim uma beleza exotica, era desejada pela maioria dos jarls, ate mesmo mimada com agrados e presentes que eles traziam das pilhagens. Tinha um quarto so meu na casa do high jarl e minha lady Sigrid era boa para mim. Me dava boas peles e lãs para os meus kirtles, perfumes e oleos que encomendava exclusivamente para mim, pequenos agrados e tambem aprimorava meus estudos. Comecei a aprender as letras com o jarl Robbz, na epoca escriba de tarsks e mestre de minha amiga Bel. Sim, não tinha do que reclamar, mas algo mais fundo calava meu coração. Tiraram o riso constante que me acompanhava e me colocavam a subir no alto da paliçada e olhar para alem da muralha. Eu sentia falta de correr livre novamente, de mudar meu pouso a cada noite de estrelas no céu, eu sentia falta da minha liberdade. Um dia eu me enchi de coragem, aproveitei a viagem da maioria dos homens para pilhagem, da confiança e liberdade que tinha, do conhecimento de uma passagem no dungeon que levava para fora dos muros e fugi. Me embrenhei na floresta apenas com a certeza que não queria voltar. Eu sabia a pena para um escravo que fugia, mesmo assim aceitei o risco. Lembro de olhar uma ultima vez para aquelas muralhas antes de entrar floresta adento. A floresta não é um lugar seguro, outlaws que vivem da caça, do roubo e da captura de escravos para venda, sleens que sentem o cheiro de sua vitima a kilomentros e a segue por luas ate que consegue catpurar e devorar, osts, plantas carnivoras, ervas venenosas, pantheras da floresta , felinos perigosos que caçam a noite e surgem do nada como uma larl e tambem haviam as meninas pantheras, que levavam o mesmo nome dos felinos que caçavam. Era um lugar cheio de perigos e por tres dias vaguei pela mata, comi das frutas que encontrava, bebi agua dos riachos e enchia meu corpo de lama para não deixar meu cheiro servir de rastro para os animais. Por vezes chorei sozinha e com medo, pedi aos espiritos do meu povo que me enviassem ajuda, temi ser capturada e levada de volta, sabia que a surra e os tendões cortados era o mais brando que eu poderia esperar do meu castigo, por vezes  pensei em Igor e como desejei que ele estivesse ali a me proteger como sempre fazia, chorei pela minha familia, pelo meu povo, pelo meu destino, chorei por mim mesma. Eu pensei que ia morrer ali no meio daquela floresta, então o destino se movimentou mais uma vez e eu fui encontrada.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

OUTLAWS






Dois sacos de sal. Foi esse o preço pago. Muito para uma escrava fechada e com o treinamento ainda por concluir. Eu agora tinha um mestre. Saimos de Tarsks logo antes do dia romper. O que eu sabia do meu dono?. Nada. Apenas que tinha sido pego por panteras e dizia vir de Fina, ao sul. O caminho ate as docas foi desviado e a trilha para a floresta foi pega. É claro , estranhei e logo entendi porque o caminho tomado. Ele era um outlaw. Um fora da lei. Um proscrito pelos codigos goreanos. Ele tinha mentido sobre quem era e dessa forma evitado ser preso e executado na cidade. Um camp no meio da floresta seria agora minha nova casa. Celloo, meu dono, era o lider daquele bando e para meu terror, eu era a unica escrava que havia ali. Temi pelo pior, uma mulher no meio de homens que viviam a margem da lei, sem honra ou escrupulos e escondidos na mata, não era algo muito agradavel de se pensar. Mas ele me manteve intocada por seus homens. Eu servia a todos, fazia os trabalhos do camp e preparava a comida, mas nenhum daqueles homens tinha permissão de me tocar. Mesmo assim eu vivia sobre a ameaça constante de que um daqueles homens tentasse quebrar as ordens dadas e me tomasse como lhe conviesse.  Fui aberta logo no segundo dia que chegeui ao camp. Requisitada a servir e dançar, tive atenção especial dispensada a mim. Ele foi gentil e despertou em mim um fogo que sequer sabia existir. Ganhei minha primeira seda naquela noite. Vermelha como o sangue que verteu do meio de minhas pernas. Nunca cheguei a usa-las, o frio da região permitia apenas as pesadas peles e os tecidos grossos dos meus kirtles. Meu mestre saia constantemente em inscursões pela mata, atras de caça ou mesmo presas como as panteras. Viajantes desavisados eram tomados de assalto, roubados e escravizados para serem vendidos depois. Eu não tinha permissão para sair do camp, mas meu sangue tuchuk e meu espirito livre não permitiam que eu cedesse a essa imposição. Eu sempre que podia saia escondida do camp. Aproveitava a ausencia do meu mestre e de seus homens e me embrenhava na floresta em passeios que muitas vezes duravam horas. Ate que um dia fui decoberta. Via a descepção no rosto do meu mestre, misturada a furia de seus olhos. Fiquei presa por tres dias, sem comer ou beber , sem ao menos receber uma palavra vinda dos labios dele. Um dia o camp foi tomado, a maior parte dos homens caiu, os que sobraram se dispersaram, meu mestre se embrenhou comigo pela floresta e por dias vivemos escondidos na mata. Não preciso dizer da dificuldade de um homem assim manter uma escrava, não so pelo custo, mas pela proteção em si. Em  uma vida onde se esconder e se movimentar em silencio era a chave do sucesso, uma mulher tornava-se um peso. Era uma preocupação a mais. Ele tinha carinho por mim e se preocupava com meu bem estar. Me afeiçoei a ele , e apesar da tristeza, entendi quando ele me devolveu a  cidade. Ele partiu me entregando para minha antiga dona, com a promessa que voltaria um dia para me buscar. Por muitos anos nunca mais o vi.