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No mundo ficiticio de Gor muitas historias se desenrolam, essa é apenas uma, nos links de blogs ha historias de outros que tem seus caminhos cruzados e costurados pela agulha do destino, suas vidas contadas nas trilhas desse mundo brutal.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

OUTLAWS






Dois sacos de sal. Foi esse o preço pago. Muito para uma escrava fechada e com o treinamento ainda por concluir. Eu agora tinha um mestre. Saimos de Tarsks logo antes do dia romper. O que eu sabia do meu dono?. Nada. Apenas que tinha sido pego por panteras e dizia vir de Fina, ao sul. O caminho ate as docas foi desviado e a trilha para a floresta foi pega. É claro , estranhei e logo entendi porque o caminho tomado. Ele era um outlaw. Um fora da lei. Um proscrito pelos codigos goreanos. Ele tinha mentido sobre quem era e dessa forma evitado ser preso e executado na cidade. Um camp no meio da floresta seria agora minha nova casa. Celloo, meu dono, era o lider daquele bando e para meu terror, eu era a unica escrava que havia ali. Temi pelo pior, uma mulher no meio de homens que viviam a margem da lei, sem honra ou escrupulos e escondidos na mata, não era algo muito agradavel de se pensar. Mas ele me manteve intocada por seus homens. Eu servia a todos, fazia os trabalhos do camp e preparava a comida, mas nenhum daqueles homens tinha permissão de me tocar. Mesmo assim eu vivia sobre a ameaça constante de que um daqueles homens tentasse quebrar as ordens dadas e me tomasse como lhe conviesse.  Fui aberta logo no segundo dia que chegeui ao camp. Requisitada a servir e dançar, tive atenção especial dispensada a mim. Ele foi gentil e despertou em mim um fogo que sequer sabia existir. Ganhei minha primeira seda naquela noite. Vermelha como o sangue que verteu do meio de minhas pernas. Nunca cheguei a usa-las, o frio da região permitia apenas as pesadas peles e os tecidos grossos dos meus kirtles. Meu mestre saia constantemente em inscursões pela mata, atras de caça ou mesmo presas como as panteras. Viajantes desavisados eram tomados de assalto, roubados e escravizados para serem vendidos depois. Eu não tinha permissão para sair do camp, mas meu sangue tuchuk e meu espirito livre não permitiam que eu cedesse a essa imposição. Eu sempre que podia saia escondida do camp. Aproveitava a ausencia do meu mestre e de seus homens e me embrenhava na floresta em passeios que muitas vezes duravam horas. Ate que um dia fui decoberta. Via a descepção no rosto do meu mestre, misturada a furia de seus olhos. Fiquei presa por tres dias, sem comer ou beber , sem ao menos receber uma palavra vinda dos labios dele. Um dia o camp foi tomado, a maior parte dos homens caiu, os que sobraram se dispersaram, meu mestre se embrenhou comigo pela floresta e por dias vivemos escondidos na mata. Não preciso dizer da dificuldade de um homem assim manter uma escrava, não so pelo custo, mas pela proteção em si. Em  uma vida onde se esconder e se movimentar em silencio era a chave do sucesso, uma mulher tornava-se um peso. Era uma preocupação a mais. Ele tinha carinho por mim e se preocupava com meu bem estar. Me afeiçoei a ele , e apesar da tristeza, entendi quando ele me devolveu a  cidade. Ele partiu me entregando para minha antiga dona, com a promessa que voltaria um dia para me buscar. Por muitos anos nunca mais o vi.

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