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No mundo ficiticio de Gor muitas historias se desenrolam, essa é apenas uma, nos links de blogs ha historias de outros que tem seus caminhos cruzados e costurados pela agulha do destino, suas vidas contadas nas trilhas desse mundo brutal.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Tahari


Enfim Kasra. Luas e luas de viagem passadas sob a agonia e ansiedade. Ouvi quando os homens gritaram avisando que o porto era avistado. kasra se extendia banhada pelo poente debruçada sobre o rio e o  atracadouro de onde os navios partiam  carregados de sal  ou chegavam com mercadorias de todos os cantos de Gor. Draco estava em pé na proa com Locke ao seu lado. Velas do norte não são comuns naquelas bandas e tão poucos gigantes como aqueles que vinhan nos barcos carregando machados e trazendo a furia de Odim nos olhos. Os escudos brancos foram dispostos nos dracares para avisar que vinhamos em paz, mas a tensão podia ser sentida em cada olhar curioso que era lançando a nossa frota. Havia o silencio formado enquanto os navios jogavam as cordas, o cheiro de sal e peixe que vinha das docas. É em Kasra que o sal vindo das  minas de Klima é vendido , territorio neutro num pais movido pela guerra entre os Aretai e Kassar. Ali o sal reina supremo e ele tem  o seu proprio Ubar. Desde menina que escuto historia daquelas terras. Onde os espiritos do sol reinam, onde o vento traz tempestades que cortam a pele e a agua é o bem maior. Um lugar para fortes que eram  recompensados por sabores e aromas que so o deserto pode dar. E eu os senti quando desembarquei, o vento quente e sempre constante , trazia dos mercados o cheiro da frutas que so se encontra por la,  das especiarias que se misturavam ao cheiro de peixe do porto. O negro dos haiks das mulheres  pontilhavam as ruas estreitas entre as tendas, as vozes dos mercadores  disputando espaço para oferecer suas mercadorias, o colorido dos chalwar das escravas e o som dos sinos que vinham dos seus tornozelos, tecidos, joias, brilhos e perfumes, o Tahari tem tudo o que voce possa imaginar , tudo de mais exotico e brilhante, coisas que deixariam minha alma avida  e minha lingua salivando para desgustar todos os sabores daquela terra, mas meu coração estava pesado e meus pensamentos e atenção vol.tados para meus filhos. Draco tratavar de apaziguar a desconfiança da guarda de Kasra, Tobyr embrenhava-se naquele mar de gente a procura de informações e um guia, Locke negociava a um bom preço a guarda dos navios no porto e Honir providenciava mais suprimentos e carrega os kaiilas. O caminho agora seria por terra, atraves das areias quentes do deserto.

Devo admitir que quando o sol se põe no deserto, ou quando a noite desce seu manto negro e salpica o ceu com as estrelas prateadas e a lua banha as areias com sua luz palida, voce tem a certeza que esta diante de uma das visões mais impressionantes que seus olhos poderiam ter. Ele tem uma aura de magia, de poder que impressionam, mas tem tambem a mão implacavel e dura do deus da morte. O invenciveis homens do norte encontraram ali seu maior inimigo: o calor...o sol implacavel que castiga a pele. Uma semana de viagem pelas rochas escarpadas e pelas dunas de areia que se abriam infinitas no horizonte, e um a um dos homens de nossa caravana iam caindo. O orgulho os impediu de seguir a risca os conselhos do guia,  a arrogancia fez com que olhassem com descaso os perigos daquela região tão diferente de Torvadsland. Peles quieimadas, corpos desidratados , e os  gigantes invenciveis, os poderosos torvies, iam sucumbindo. A agua era o maior problema, ela não surge em rios e nem desce a encosta de alguma montanha. Ali, poços esparços é  tudo com o que voce pode contar, se souber o caminho. As bebedeiras da primeira noite envolta da fogueira foram por mim proibidas, não tomariam  nada  que pudesse desidrata-los ainda mais do que  ja estavam. Se gostaram? É claro que não, mas obdeceram . Mesmo Draco  lançou mão de seus protesto por ficar sem sua paga. Honir era o mais abatido, parecia uma piada dos deuses da areia: era o  guerreiro gigante  o primeiro a tombar. Mas de todos , era o meu companheiro quem mais rapido se recuperava , as linhas gravadas em seu corpo garantiam o vigor que  minha alma lhe dava. Nosso guia desde o inicio ja demostrara sua indignação as modos desrespeitosos dos nortenhos ao deserto e pude perceber o lampejo de um sorriso ironico quando viu todos os seus avisos se cumprirem. A sede, o calor infernal, a pele que se queimava  e ressecava, os labios que rachavam secos , feridos e sangravam, era o Hell numa versão mais quente na terra, mas  nada...nada  se comparava ao que ainda estava por vir.

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