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No mundo ficiticio de Gor muitas historias se desenrolam, essa é apenas uma, nos links de blogs ha historias de outros que tem seus caminhos cruzados e costurados pela agulha do destino, suas vidas contadas nas trilhas desse mundo brutal.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A Roda do Destino

 


E o mover da roda do destino. que põe em movimento a vida e diz os caminhos que serão abertos ou fechados, que muda e arremessa a sua vida para situações que as vezes sequer sonhamos. ´E ela que movimenta os fatos e nos transforma nos que somos.
Os tambores tocavam e o silvo alto tal qual o  de um animal era ouvido vindo da mata avisando que  a En e suas meninas voltavam. Fogueiras foram acesas para assar a carne que as guerreiras traziam e o clima de festa tomava conta do acampamento. Ale, era uma mulher não muito alta, cabelos negros desgrenhados , o corpo coberto por algumas pinturas de guerra e um olhar extremamente duro. Nâo era de uma beleza excepcional, mas seu porte altivo não a deixaria passar desapercebido. Era a En daquele grupo e vinha para minha direção acompanhada de Mayy. Ela me mediu da cabeça aos pes, um olhar desdenhoso e um sorriso cruel. - "Então a escravinha quer se juntar a nós? Não vou me opor a uma slut me servindo.* Era claro como a agua que eu a desagradava, algo na minha condição a irritava profundamente. * ela quer fazer parte do bando Ale, parece que fugiu*. Ale gargalhou, e o olhar veio cruel e desdenhoso para mim. * vc não sobreviviria um dia na mata escravinha e so nos atrapalharia.. Eu a odie quando ela me lançou aquele olhar, pela primeira vez me senti a mais insignificante das criaturas. Elas não gostavam de escravas, era bem sabido, e eram extremamente no seu desprezo e o que podiam fazer para humilhar , faziam. * ela tem o direito de tentar * a voz veio do fundo do grupo, era a garota de cabelos curtos e cara suja. Havia algo de maldoso na forma como ela falava.* pq não deixa ela tentar en os da um pouco de diversao.?* As meninas concordaram e haviam uma excitação crescente entre elas.* - sim...o teste...* elas gritavam e Ale me avaliava sem tirar aquele sorriso. - "que seja....estou mesmo precisando me divertir." arrancou a adaga e habilmente atirou aos meus pes, cravando na terra umida. * soltem ela e vamos ver se tem coragem de morrer tentando a liberdade, ou apenas é uma misera escrava que prefere um colar a ter que lutar* Eu compreendi o que seria feito. Mayy me soltou e me passou rapidamente o objetivo do teste. Eu deveria provar que era digna de estar com elas, deveria lutar pela minha liberdade, seu eu vencesse, me juntaria a elas, se não morreria ali mesmo. Peguei a adaga e senti o peso da lamina. Oras , eu era uma tuchuk e se tinha algo que uma tuchuk aprendia desde cedo, era o manuseio da adaga. Mas Ale tinha uma confiança que me fez vacilar.  O circulo foi formado e as duas , a En e eu fomos para o centro. Ela brincava e debochava, como a fera que brinca com a presa antes de come-la. Partiu para cima de mim e então vi os gritos e risos cessarem pouco a pouco. Ela era habilidosa , mas eu tambem o era e a venci. Deixei ela no chão, com cortes sangrando nos braços e minha adaga em seu pescoço. Exultei e  mandei o meu melhor sorriso de deboche. Ale substimou a escrava e cometeu um erro grave dentro de sua arrogancia. Uma vez que a En perde num desafio ela perde seu cargo. Somente a melhor guerreira deve comandar. Ela sabia disso, devia ter colocado outra guerreira qualquer e agora estava ali no chão, pronta para ter a garganta cortada, humilhada , vencida por uma simples escrava. Havia o silencio na roda. Mayy me avisou oque aquilo significava . Afastei a adaga e deixei ela levantar. * não quero liderar ninguem, so quero um lugar para ficar. * Ale levantou batendo a terra do corpo sem se importar com o sangue dos cortes. Entreguei a adaga e vi que ela me odiava ainda mais. * que ela fique, conseguiu o direito para isso * Não a vi mais durante aquela noite. Aquilo tinha levantado minha alto estima e me dado um pouco de respeito entre as meninas. No dia seguinte começaram meu treinamento. Arco e lança me foram ensinados. Aprendi a conhecer as trilhas, a apagar rastros, a caçar  e a me virar com o que a mata me dava. Mas ali não era meu lugar, era o que meu coração me dizia. Aquelas mulheres nutriam um odio enorme por tudo o que não se adequava a maneira delas viver. Reprimiam a propria feminilidade, se tornando mascaras de escarnio e odio. Temiam a mulher que existia dentro de cada uma e manisfestavam o medo e o desejo de estar nos braços de um homem, com odio e violencia pura. Aos poucos fui conquistando meu espaço, ficando boa nos treinamentos. Faiscas sempre saiam entre mim e Ale, e o companheirismo ia surgindo com o bando. Cheguei a Tor dentro do bando e sabia que mesmo a En não gostando de mim, eu tinha o seu respeito. Aos poucos as barreiras foram sendo quebradas. Caça, comercio de escravos e rituais de dança eram feitos sob as luz das luas de Gor.Capturei, comprei e vendi muitas caputras. Os lucros eram divididos na tribo para a subsistencia do grupo. Mas eu comecei a juntar meus espolios. Ali não era o meu lugar e sabia que um dia eu iria partir e não ia fazer de mão vazia. Aos poucos o bando foi desintegrando, Ale saiu um dia em viagem e não mais retornou, Mayy assumiu. Ataques, meninas capturadas que ganhavam um colar e não mais queriam voltar a vida antiga, assim o bando foi ficando escasso. Era mais dificil manter a segurança. Um grupo de outlaws fez acampamento na floresta e os ataques começaram. Foi num desses ataques que fui presa, antes de por fim aos meus planos de voltar para o meu povo como uma livre e com algum dinheiro. Fui presa e encoleirada. Tinha um novo mestre. Guy era o seu nome. Um outlaw que tinha em seu sangue aquela vida. Me levou para Schendi, me afastando do norte. Vivi com ele um bom tempo e em uma das suas incursões pelas matas de shcendi, o camp foi atacado. Novamente o a roda do destino se movimentava e mudava de mãos. Fui levada pelo bando para  Hunelt Hameer,. Um pequeno porto maritimo, perto do delta do vosk. Uma vila basicamente de  comerciantes e piratas. Meu novo dono era o slaver do lugar. Big Jhon. Fiquei com ele, ajudando no treinamento das capturas que chegavam por um bom tempo, ate que um homem do norte em viagem tornou a me comprar. Um interesse particular em mim chamou a atenção dele , quando soube que eu era tuchuk. Fabio Florian era meu novo mestre e  me fez muitas perguntas sobre minha vida. Quem eu era antes de ganhar um colar, como havia sido, quem eram meus pais , meu clã, para onde fui levada, quem foram meus mestres....enfim ...ele parecia ter um interesse sobre o povo do vagão. Viajamos para shendi novamente. ERa um mestre severo e exigente. Não falava muito dele, apenas sabia que era do norte, mas tinha sido criado no sul. E foi o treinamento do sul que ele exigiu de mim.O servir formal das kajiras.  Um dia ele me avisou que partiriamos. Tirou a chave do meu colar de sua bolsa de couro presa ao cinto e me avisou que eu o ajudaria em uma empreitada. Então entendi o interesse na minha origem. Ele precisava se infiltar no meio dos tuchuks. Tirou meu colar, disse q agora eu era livre....simbolicamente assim dizendo. Eu deveria assumir o papel de lady, de uma haruspex como era o meu cla. Eu tinha conhecimento do oficio, herdado de minha mãe, e sob um suposto contrato comigo, seria aceito no povo do vagão. E assim foi, a historia e o nome de minha familia foi citado e por um tempo voltei a viver entre o meu povo. Era um camp menor, não era o mesmo que tinha vivido a minha vida toda e não sabia bem o que ele queria ali, mas numa noite , em que ele saira mais cedo para vizitar um camp vizinho para tratar de negocios, eu acordei com ele a me chamar afoito e mandar que arrumasse minhas coisas. A noite estava alta e boa parte do camp dormia. Burlamos a guarda, ele trazia uma sacola pesada com ele que não a largava por nada. Tinha sangue nas suas roupas e aquilo me gelou a espinha. Perguntei o que tinha acontecido , mas ele apenas me mandava calar e seguir adiante. Percorremos um bom caminho a pe na pradaria , ate que chegamos a um vagao ja carregado com alguns mantimentos. Percebi que ele havia preparado tudo com antecedencia. Estava com muita pressa de sair dali e antes que eu subisse no vagão, vi meu colar ser colocado novamente..  Vijamos por dias sem parar, pegamos as trilhas da floresta e chegamos novamente a Schendi. Tomamos um navio e foi então que ele me disse para onde iamos. ´"Norte...vamos para o norte". Ele não se desfazia por nada da sacola e eu entendi porque . Ela estava carregada de ouro, Ouro que eu sabia não era dele. Uma escrava não deve fazer perguntas, mas eu tinha um pessimo pressentimento de como ele tinha conseguido aquele ouro, e perguntei. Foi então que tudo fez sentido. O meu disfarce, o tempo vivido no meio do povo do vagão, a fuga no meio da noite e aquele ouro todo. Naquela noite da fuga, ele foi ter com o engodo de um dos camps vizinhos. Os tuchuks tem esse habito. Criam um engodo, uma falso Ubar que ostenta toda a riqueza e que guardas todos os tesouros do verdadeiro Ubar. Assim evitam que estranhos conheçam a identidade do verdadeiro líder. Geralmente é alguém de confiança do Ubar, um parente de sangue ou mesmo um velho amigo. Fiquei sabendo depois que o camp que ele havia visitado, era o mesmo onde eu havia vivido. Ele havia aproveitado da confiança que adquirira do  falso Ubar do camp,  comeu e bebeu a sua mesa e quando ficaram a sós, que as escravas foram dispensadas e o homem ja estava alto por demais com a qualhada, uma bebida fermentada e extremamente forte, ele matou o engodo, sem mesmo dar ao homem tempo de perceber a lamina em seu pescoço, de reagir ou mesmo gritar por socorro. Deixou o homem enrolado sobre peles como se dormisse e saiu antes que alguem percebesse o que tinha acontecido. Provavelmente quando foram tentar despertar o suposto Ubar viram o que tinha acontecido, mas ja estavamos longe o suficiente e agora , estavamos a caminho do norte, onde ele dizia, assumiria seu lugar de direito, voltando mais rico do que quando tinha partido. E novamente a roda girava e do convez do navio , pude ver novamente as terras geladas do norte.

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