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No mundo ficiticio de Gor muitas historias se desenrolam, essa é apenas uma, nos links de blogs ha historias de outros que tem seus caminhos cruzados e costurados pela agulha do destino, suas vidas contadas nas trilhas desse mundo brutal.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Panteras





Elas estavam por toda parte e sequer as vi chegando. Eu olhava em volta me vendo cercada por elas, cada vez que meu olhar varria o local, mais uma mulher aparecida em meio as folhagens da mata. Me cercavam com lanças nas mãos, olhares ferozes e ruidos que pareciam rosnares. Eu sabia que mulheres eram aquelas. Vez por outra um guerreiro chegava a  Port of Tarsks arrastando uma delas presa as cordas ou correntes. Eram panteras, as meninas da floresta. Mulheres que em algum momento de sua vida, preferiram a imensidão e isolamento das matas do que a subverniencia aos homens. Eram belas, soberbas, altivas e orgulhosas, mas de seus olhos crispavam raiva e desdenho por mim. Eu era tudo o que elas mais odiavam...uma escrava. Eu fiquei assustada e tive muito medo. Elas me cutucavam com suas lanças, rindo e escarnecendo de mim, que tinha me jogado ao chão e tentava a todo custo proteger meu corpo. O grupo se abriu, e  uma mulher de cabelos longos e tão dourados como o la'torvis, tão reluzente quanto a prata , tomou passagem por elas. Eu percebi que era alguem de comando ali. Os risadas e provocações  cessaram, o silencio tomou conta do lugar enquanto ela me olhava de cima num visivel desprezo.
" - O que temos aqui? Um bichinho que se perdeu de seu dono!" - as gargalhadas irromperam novamente. " - Qual o seu nome escrava e quem é teu dono? " ela perguntou e olhou em volta como  se buscasse enchergar mais alguem ali  alem de mim. " - Ela esta sozinha, estamos  vigiando ´ha um bom tempo , tem vagado por dias pela mata " Explicou uma garota de cabelos curtos e com a cara suja que corria em assegurar a lider que a situação era segura. Eu tremia da cabeça aos pes, não sabia o que era pior, ser pega como fugitiva ou parar nas mãos daquelas mulheres. O medo tinha roubado minhas palavras.
"- QUEM É VOCE?" ? ela agora gritava me agarrando pelos cabelos. "- vou ter que me fazer ouvir melhor?".
Eu conseguia ouvir o barulho do meu proprio coração de tão alto que ele batia no peito . Eu busquei as palavras. " - Ka...Kalandra.. Eu fugi da cidade...preciso de ajuda, preciso de abrigo".
Novamente gargalhadas , mas a mulher me olhava sem achar graça de nada. Os olhos de um azul limpido me fitavam friamente.Ela me avaliou e a boca se abriu num rasgar de escarnio. " - Acha que as selvas são seu ninhozinho de peles ao lado do fogo de seu mestre?  Não tem homens aqui pra voce abrir suas malditas pernas e conseguir mimos e caprichos para tornar a sua vida mais facil , vadia. A unica coisa que voce ia conseguir é quebrar as suas unhas e atrasar o bando." as outras concordavam, eufõricas e raivosas , gritando que deveriam me vender." O dono dela deve estar ansioso por reve-la e deve pagar bem* era a menina de cara suja e cabelos curtos que agora falava com um tom maldoso na voz. Se elas me devolvessem eu estava perdida. Tinha fugido e aquilo não era tolerado , muito menos a uma escrava que era a first da cidade.
-" Pelos grandes espiritos não...eu não posso voltar. Faço qualquer coisa, não quero voltar...."
A loira deu de ombros. " - De qualquer forma não sou eu quem decido. Prendam ela , vamos levar ao acampamento, a En vai decidir o que ser feito com ela. "
Me amarram sem cuidado algum, a corda foi passada no meu pescoço com o nó feito de forma a apertar minha garganta caso a corda fosse tencionada. Minhas mãos foram amarradas para frente como toda mulher em Gor. Praticamente me arrastaram pelas trilhas , elas andavam rapido e eu tinha dificuldade em acompanha-las. Pareciam conhecer todas as arvores, pedras e arbustos. Batedoras iam na frente, outras se distanciavam do grupo ficando mais atras para garantir a retaguarda. Eram organizadas, alguns Ahns depois e eu estava mais perdida e desonrientada do que antes. Mas elas sabiam para onde iam . A noite ja caia trazendo seu manto de estrelas quando atravessamos um rio. Toda hora elas paravam e pareciam cheirar o ar, como se estivessem a espreita , usando o olfato para se guiarem. Eu achei aquilo estranho e perguntei pq faziam isso. "- Sleens..." foi a resposta que recebi e então compreendi. O cheiro indicaria um sleen por perto caso houvesse um e o rastro tinha que ser desfeito. Dizem que os sleens podem seguir o rastro da vitima ate por um mes, eles são pacientes, seguem e quando encontram a presa  o ataque é letal. Conforme nos aproximavamos de uma extensa massa de vegetação fechada proxima a encosta de uma montanha elas iam fazendo sons como os de animais e outros sons vinham em resposta. Percebi que se comunicavam e aos poucos, conforme nos aproximavamos, mais mulheres iam aparecendo..  Pude ver  entre as folhagem, madeiras e cordas que formavam o que parecia ser um grande portão. Mais guerreiras portando lanças, adagas e arcos se aproximaram, abriram os portões e recepcionaram festivamente as companheiras. Logo a curiosidade delas cairam sobre mim. Nada seria decidido ali, esperavam o retorno da En que havia saido mais cedo para caçar. Ali fiquei sabendo,a loira que havia me trazido se chamava Mayy e era  a SE do bando, a segunda na liderança. Me prenderam a um poste para que eu aguardasse ate o retorno da EN, seria ela que decidiria sobre o meu  destino.

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