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No mundo ficiticio de Gor muitas historias se desenrolam, essa é apenas uma, nos links de blogs ha historias de outros que tem seus caminhos cruzados e costurados pela agulha do destino, suas vidas contadas nas trilhas desse mundo brutal.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O Ritual


Ha alguns anos atras, quando eu era apenas uma escrava de Draco em  Gladshein, uma sedhir entrou em nossas vidas. Ela ajudou Draco a salvar a vida de sua mãe, lady Catt. Mas o preço era alto, parte da vitalidade e força de meu mestre tinham sido transferidos pela bruxa para o corpo da lady. Mas a sedhir impos um ritual para que Draco recupera-se a força. Um tarsk deveria ser sacrificado para Hella, e seu coração devorado enquanto ainda estava quente. Draco o fez. Sua supertição e crença nos poderes da mulher cresciam a cada dia, a ponto de te-la como conselheira. Foi atraves dela que os espiritos disseram que ele deveria se unir em contrato comigo e foi ela tambem quem predisse que meu filho teria um papel importante a desempenhar . Sempre vi com olhos de desconfiança o envolvimento dele com ela. Como Haruspex, sei a força da magia e o preço que ela cobra. Draco mudou depois daquela noite na floresta. Voltou para casa banhado no sangue do tarsk, sua força tinha retornado e sua vitalidade tambem. Mas havia um brilho de furia nos olhos dele. Ele dizia que o tarsk agora vivia dentro dele e que se tornara tão poderoso quanto ele. Foi ali que ele adotou o nome de Black Tarsk e fez jus a ele. Nesses anos todos vi meu marido enfrentar as batalhas e a morte como se fosse indestrutivel. Voltava sempre ferido, com a carne aberta e o sangue jorrando, mas sempre vitorioso. A ideia de fechar o corpo com magia, era uma ideia que o cortejava e para mim se tornava uma  necessidade urgente. Ele se arriscava mais do que precisava, se valia do tarsk que era parte do seu ser e não media os perigos, agia impulsivamente e brincava com a morte , como uma criança que brinca com seus brinquedos. Aquilo me deixava em agonia, num constante medo de perde-lo. Nunca escondi minha herança de haruspex. Me vali dos meus conhecimentos e os usei da maneira que achei necessario para proteger os meus. Nunca escondi meu amor por ele e o quao importante ele é para mim, minha metade, meu respirar ele era tudo para mim....Estava decidida a fazer qualquer coisa para te-lo sempre vivo comigo, para ter a certeza que ele sempre retornaria para mim, para os meus braços. Foi algumas luas depois que Ivar partiu para Schendi. Draco chegou em mim e por fim disse que queria fazer o ritual. Naquele mesmo dia preparei tudo, os animais para o sacrificio, as ervas e  o lugar que deveria ser consagrado. Quando a noite caiu , apenas eu e ele seguimos para um vale, como é tradição de meu povo, a ceu aberto para executar o ritual aos deuses. Aço, sangue, fogo e dor. Foram esses os ingredientes usados para marcar no corpo dele, os desenhos e  os inscritos que o guardariam. Acredite, ja vi muitos desistirem no meio do caminho. É uma dor que poucos suportam. Mas Draco, entre os gritos de agonia,  aguentou firme, ate cada desenho ser cortado na carne e gravado com fogo na pele, ate que perdesse os sentidos enquanto a chuva vinha tomar o sangue que eu tinha ofertado e dava de beber a terra, mostrando que a oferenda tinha sido aceita e o acordo selado.A morte não o tiraria de mim, nem a carne aberta, nem o sangue derramado, nem doença ou magia iriam toca-lo, apenas o proprio sangue poderia destrui-lo. O preço? Pequeno e que me dispuz a pagar. As energias do que sustentam o mundo não podem ser negadas, mas podem ser barganhadas,. Quando um homem morre, sofre ou sangra, essas energias alimentam tudo o que conhecemos, alimentam os deuses e o equilibrio eh mantido atravez delas. Eu sangraria por ele , a dor dele seria minha  e . os deuses  teriam  sua parcela de sangue, dor e vida. Ele voltou para casa sem sentidos, ajudado por Locke, a quem pedi ajuda para traze-lo de volta. Ele agonizou a noite toda, ardeu com febre em meio a pesadelos, mas quando o dia amanheceu, quando o la torvis surgiu eu pude descansar. Os desenhos gravados na carne estavam cicatrizados e ele dormia o seu sono mais tranquilo.

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