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No mundo ficiticio de Gor muitas historias se desenrolam, essa é apenas uma, nos links de blogs ha historias de outros que tem seus caminhos cruzados e costurados pela agulha do destino, suas vidas contadas nas trilhas desse mundo brutal.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A Vergonha de Rive de Bois





        O Norte estava prestes a tornar-se um só. De Skerry of Var, até toda costa sul do Laurius. Kassau, Lydius, Cardonicus e Piedmont , haviam sido dobradas sob o peso dos machados Torvies. E Draco era o High Jarl, o grande Ubar de todo Norte. Eu o acompanhei nos campos, durante as batalhas, aguardando sob o seu colar, seu retorno seguro.  Cada Jarl de Torvaldslands o seguiu, trazendo seus comandantes, guerreiros, e armeiros. Uma legião de gigantes que ia a cada parada pilhando, matando e conquistando, realizando o sonho do Jarl em ter o Norte unido sob um único punho, o seu! Mas ainda faltava Rive de Bois, a última grande cidade na nascente do Laurius. Bastava ela para fechar a fronteira, a linha que delimitava os limites da grande Floresta do Norte.  Subimos o Laurius confiantes da vitória, uma massa de homens ferozes, confiantes , acostumados à vitória. Nada ficaria entre eles e a cidade.

        Mas Rive de Bois havia se preparado.  O inimigo havia sido observado e porque não dizer, espionado? Não era segredo dos intentos de Draco, a cada cidade que caia, deixava no povo de Rive de Bois a certeza que seriam os próximos. Eles nos esperavam com uma surpresa vinda dos céus. Uma batalha aérea para a qual não estávamos preparados. Thentis havia enviados reforços. Uma aliança fechada nas sombras da guerra para derrotar um inimigo comum. Como alcançar ferozes tarsman com machados e lanças, com flechas de arco curto? O que eram os gigantes, transformados em anões, pelas alturas? Perdemos , e cada Torvaldslander voltou com o gosto amargo da derrota aquele dia.

         Eu o esperava, pronta para entrar triunfante na cidade conquistada. Mas não havia lanças batendo contra escudo, horns não foram trocados, não havia a gritaria e agitação da vitória, apenas o pesado silencio, que eles carregavam nos rostos sujos de Sangue. Draco e seu exercito teriam que engolir aquela vergonha.

            Retornamos a Cardonicus, não havia o que fazer contra as fileiras aéreas de Tarsman. Ali, a liderança e o sonho de Draco começou a ser questionado por alguns Jarls cobiçosos, dos títulos e riquezas que Draco acumulara. A inveja e a ganancia flui nos homens como veneno no sangue. Mas só viríamos a saber disso depois. Por hora , a derrota , cegava e não nos permitia ver o inimigo mais próximo.

           Mas onde há adversidades, pode haver uma grande chance. E eu a vi, só precisava convencê-lo. E para alguém que acha que os deuses olham por ele, ser a voz dessas divindades, podia ser de grande valia.  Ele precisava de Tarsman para lutar aquela guerra de igual pra igual e quem sabe vence-la. Eu não ia permitir que ele desistisse. Primeiro que não o ajudaria em nada, voltar ao norte e sentar-se num trono onde ele amargaria aquele gosto para o resto da vida. Segundo que a derrota havia abalado a certeza de muitos jarls em seguir seu sonho, e por fim, em terceiro, era a chance de aproximar Draco de Ivar novamente. Como? E não tinha Ivar, muitos tarsman? Não era ele mesmo o melhor entre todos? Então eu menti. Disse que os deuses haviam falado comigo em sonho e apontado o caminho das areias, e que vi, a cidade cair , afogando-se nos sangue de Odin.

        Não me julgue por favor. Era necessário. Draco relutou em aceitar a ideia de pedir ajuda para o filho, mas a vontade de vencer , endossada p elos deuses, falou mais alto . E creio, que no seu intimido, ele também desejava rever o filho.  Só havia um único problema. Não podia ser ele a falar com o filho, ou pelos ânimos dos dois, uma guerra poderia surgir ali mesmo. Era fundamental que alguém intermediasse a aliança de pai e filho. Oras, quem melhor do que eu? É certo que a principio ele não concordou, mas depois, a razão falou mais alto.

      Você deve estar pensando que fui ardilosa e manipuladora, talvez, mas fui mãe. Era a única chance que se abria para a possibilidade de os unirem com um único objetivo, e tornar possível, pai e filho lutarem juntos, reforçaria os laços enfraquecidos pelos tempo e pela magoa.  Política, era também o principio que me regia. Eram dois homens difíceis, parecidos e com egos que precisavam ser amaciados. Por isso, Tobyr foi enviado na frente com presentes que eu mesma escolhi, o que causou certo ciúmes em Draco. Ordenei que um machado, digno dos deuses fosse feito para Ivar, ele precisava sentir-se respeitado em seu título e valor, mas, também não poderia perceber que o pai precisava dele, ou arrogância de Ivar colocaria tudo a perder. Teria tudo que parecer uma oportunidade para os dois, por ele ser digno aos olhos do pai e pelo pai reconhecer nele o valor , o respeito que Ivar sempre desejou, e para isso, quanto menos os dois falassem um com o outro seria melhor.  Eu sabia que o simples fato de ir ao encontro Ivar, seria visto por ele, como prova de que o pai estava cedendo e meu coração não via a hora de rever o meu filho.

                                                                            Lady   Kalandra
                                                                           High Jarl' Woman
                                                                             



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